Poros - ou as passagens da comunicação / Poros - ou as passagens da comunicação

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A noção de poro e neste trabalho o fio condutor para pensar a comunicação. Palavra grega que quer dizer passagem, póros integra tanto o vocabulário dos mitos quanto o dos filósofos da pólis. Póros é passagem inédita, trajetória em mar aberto; portanto, não é caminho pré-traçado (ódos), participa de uma outra lógica, que aproxima o pensamento de sua própria margem, que põe continuamente a questão em questão. Com a ajuda deste fio condutor, o objetivo da presente tese é dissolver certos lugares-comuns que antecedem a pergunta o que é comunicação? e não exatamente responde-la. Comunicar, como descrevem alguns manuais, pressupõe um solo comum e, a partir dele, tornar comum. Mas este solo merece atenção, pois não se sabe até hoje se o que está em questão é um habitar (ethos), um mover-se nômade pelo mundo ou uma troca de vivências ou símbolos. Lugares-comuns, lugares em comum: do imediato ao médium, do sujeito a mensagem, da vida privada ao espaço público, o que se tem são ainda pares metafísicos que não levam à elucidação, mas sim à aporia comunicativa. E aporias não se resolvem pelo método, mas pelo movimento do poro. Segundo esta perspectiva, comunicar tem a ver tanto com o pátrio, ordinário e comum, quanto com o desterro e o extraordinário (das Unheimliche). A pesquisa foi realizada em duas fases: primeiramente no grupo temático FILOCOM (Estudos Filosóficos da Comunicação) na ECA-USP e, em seguida, em estágio de 16 meses na Universidade J. W. Goethe de Frankfurt. No período brasileiro, contou-se com bolsa de doutorado da FAPESP e, no período alemão, com bolsa do convênio CAPES-DAAD. Sobre a autora Danielle Naves de Oliveira nasceu em São Paulo no dia 5 de novembro de 1975. Formou-se em jornalismo em 1997 pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Em 1998 ingressou na pós-graduação da Escola de Comunicações e Artes da USP onde, três anos depois, obteve o título de mestre em Ciências da Comunicação. Também na USP, foi aluna de graduação em filosofia a partir de 2001; curso seguido durante quatro anos, porém não concluído. Entre 2001 e 2003 foi docente contratada em instituições de ensino superior. De agosto de 2002 a novembro de 2006, seguiu o doutorado no Departamento de Jornalismo da ECA-USP.

ASSUNTO(S)

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