Por uma clínica da resistência: experimentações desinstitucionalizantes em tempos de biopolítica
AUTOR(ES)
Romagnoli, Roberta Carvalho, Paulon, Simone Mainieri, Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes, Dimenstein, Magda
FONTE
Interface - Comunicação, Saúde, Educação
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-09
RESUMO
O artigo propõe um debate acerca dos processos de desinstitucionalização no campo da saúde mental, situando-o no contexto da sociedade mundial de controle e das novas formas de poder. A construção de uma rede de atenção que venha a substituir o hospital psiquiátrico é um desafio que estabelece demandas totalmente diversas às encontradas na instituição manicomial. Entretanto, essas alterações por si só não caracterizam a superação da vontade de reproduzir, que insiste na separação entre clínica e política. A invenção de um novo modo de cuidar convoca conhecimentos plurais que superem as fronteiras disciplinares e enfrentem o instituído em cada um de nós. Nesse contexto apresentamos o trabalho realizado em dois Serviços Residenciais Terapêuticos de dois extremos geográficos do país (Porto Alegre e Natal). A partir dessas experiências, acreditamos que a clínica pode ser pensada como plano de produção e campo de experimentação, revelando-se em sua dimensão de resistência micropolítica.
ASSUNTO(S)
saúde mental desinstitucionalização clínica contemporânea biopolítica resistência
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