Por que há o aumento da pressão arterial?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde Mato Grosso do Sul

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

Para o surgimento da Hipertensão Arterial Sistêmica(HAS), destacam-se como fatores de riscos de acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020, a genética, idade avançada, sexo, etnia, sobrepeso e/ou obesidade, ingestão elevada de sódio, sedentarismo, ingestão de álcool excessiva, além de fatores socioeconômicos, incluindo menor escolaridade, condições de habitação inadequadas e baixa renda familiar

.

A HAS inclui fatores de risco: idade, sexo/gênero e etnia, fatores socioeconômicos, ingestão de sal, excesso de peso e obesidade, ingestão de álcool, genética e sedentarismo. Além desses, outros autores acrescentam ainda o estresse, tabagismo e a não adesão ao tratamento

. A HAS é uma doença multifatorial que pode acarretar graves consequências para o  indivíduo,  sendo  considerada  como  a  causa  mais  frequente de morbimortalidade nos idosos, pois com o envelhecimento, a  pressão arterial sistólica (PAS)  torna-se um problema mais significante, resultado do enrijecimento progressivo e da perda de elasticidade das grandes artérias

. Em termo de gênero, as mulheres apresentam maior prevalência de diagnóstico de HAS em relação aos homens

.

As diferenças socioeconômicas têm um papel importante na vida das pessoas podendo determinar as condições de saúde, visto que aqueles com melhores condições têm maior acesso a informações, melhor entendimento da condição clínica e maior aderência ao tratamento. Logo se mostra taxas mais altas de doenças cardiovasculares em grupos com nível sócio econômico mais baixo

. A baixa escolaridade está associada às maiores taxas de doenças crônicas não transmissíveis, em especial a hipertensão arterial

.

O declínio do nível de atividade física, aliado à adoção de modos de se alimentar pouco saudáveis, com a adesão a um padrão de dieta rica em alimentos com alta densidade energética e baixa concentração de nutrientes, o aumento do consumo de alimentos ultra-processados e o consumo excessivo de nutrientes como sódio, gorduras e açúcar têm relação direta com o aumento da hipertensão

.

Apesar de ter aumentado o consumo de álcool  entre a população feminina, o uso de bebida alcoólica permanece maior entre os homens,  que trabalham e possuem uma rotina árdua, uma vez que relacionam seu consumo a uma forma de reduzir o estresse e socializar com os colegas de trabalho, aumentando o risco de desenvolver  HAS

. Como a HAS é uma doença multifatorial faz-se necessária a abordagem por equipe multiprofissional que compõe as equipes da Atenção Primária à Saúde através de intervenções individuais e atividades coletivas na comunidade, com palestras, entrega de medicação anti-hipertensiva, controle de níveis da pressão arterial e peso, como uma forma de ajudar no tratamento e principalmente no controle de doença.

1. Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras Cardiol. 2021 ;116(3):516-658. Disponível em:

2. Machado MC, Pires CGS, Lobão WM. Concepções dos hipertensos sobre os fatores de risco para a doença. Cien Saude Colet. [online]. 2012;17(5):1365-1374. Disponível em:

3. Vieira CPB, Nascimento JJ, Barros SS, Luz MHBA, Valle ARMC.  Prevalência  referida,  fatores  de  risco  e  controle  da  hipertensão  arterial  em  idosos.  Cienc  Cuid  Saude.[Internet]. 2016;15(3):413-420, Disponível em:

4. Malta DC, Gonçalves RPF, Machado ÍE, Freitas MIF, Azeredo C, Szwarcwald CL. Prevalência da hipertensão arterial segundo diferentes critérios diagnósticos, Pesquisa Nacional de Saúde. Rev Bras epidemiol 2018;21(supl 1):e180021. Disponível em:

5. Cipullo JP, Martin JFVM, Ciorlia AS, Godoy MRP, et al. Prevalência e fatores de risco para hipertensão em uma população urbana brasileira. Arq.bras. cardiol. 2010;94(4):519-526.Disponível em:

6. Nascente FMN, Jardim PCBV, Peixoto MRG, Monego ET, et al. Hipertensão arterial e sua correlação com alguns fatores de risco em cidade brasileira de pequeno porte. Arq. bras. cardiol. 2010;95(4):502-509. Disponível em:

7. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição.1. ed., 1. Reimpr.. – Brasília – DF. 2013:84p. Disponível em:

8. Cardoso FN,Domingues TAM, Silva SS, Lopes JL. Fatores de risco cardiovascular modificáveis em pacientes com hipertensão arterial sistêmica. REME – Rev Min Enferm. 2020;24:e.1275. Disponível em:

ASSUNTO(S)

promoção da saúde agente comunitário de saúde k85 pressão arterial elevada atenção primária à saúde fatores de risco hipertensão

Documentos Relacionados