Por falar em culturas... : histórias que marcam a cidade - Uberlândia-MG

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Este trabalho se empenha na reflexão sobre questões do viver e produzir a cidade de Uberlândia. Procurei colocar em foco proposições e transformações que emergem no final do século XX e início do século XXI, percebendo que as marcas de seus moradores continuam a empreender disputas na cidade. Nesse sentido, o interesse foi explicitar territórios desiguais e em constante elaboração e tensão. Senti a necessidade de contestar a simples enumeração plural de práticas produzidas nas relações sociais, procurei explicitar processos de mudança na vida das pessoas que apareciam sintetizados em certas noções de diferença, revitalização, preservação, patrimônio cultural e espaço urbano. A expectativa foi problematizar essas noções explicativas, propondo evidenciar experiências divididas e desiguais. Lidar com as histórias que são produzidas por certos moradores na feitura da cidade trouxe novos mapas sociais, territórios produzidos pelas relações que construíram. Ao problematizar as relações vividas na cidade exigiu redimensionar perspectivas sobre esse lugar. Sugeri, portanto, mexer em uma conformação recorrentemente proposta e ver como a dinâmica do viver se faz na confluência com um amplo campo de limites e pressões. Apontei como as práticas sociais balizadas no morar, trabalhar, manter e explicitar valores são produzidas e tensionam determinados modos de viver, buscando ver essa dinâmica em um mesmo processo histórico. Minha intenção foi perceber como o processo de construção dos patrimônios e territórios da cidade é efetivado na sua vivência. Para isso, elegi alguns caminhos dessa construção como motes de minha investigação e propus partilhar, com outros moradores, minhas intenções de pesquisa, para assim produzir histórias dessa cidade, com os modos de viver e lutar por ela. Sair do suposto de que há uma história e um lugar para localizá-la, apontou o trilhar a cidade percebendo e imprimindo ritmos, hábitos, costumes, em uma polifonia de interesses e expectativas, lidando com as pressões de classe que fomentam essa composição de territórios e transformações. Na provisoriedade do que propus, penso que a relevância do meu texto está no percurso do seu fazer e nos debates e práticas que poderá instigar a partir de agora. A tentativa foi colocar à prova o que, no momento, fomenta minha prática política.

ASSUNTO(S)

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