Biologia Populacional e padrões de coloração do caranguejo terrestre, Cardisoma guanhumi (Latreille 1828) (Crustacea: Gecarcinidae) no Nordeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Biol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-11

RESUMO

O objetivo deste artigo foi analisar a biologia populacional e os padrões de coloração da carapaça de Cardisoma guanhumi Latreille, 1828 em uma área de manguezal em Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Os caranguejos foram coletados mensalmente entre fevereiro de 2010 e janeiro de 2012 e totalizaram 1837 caranguejos. A proporção sexual foi semelhante para machos e fêmeas (1:1) no primeiro ano e diferiu no segundo ano. A proporção sexual por classe de tamanho diferiu estatisticamente nas classes extremas da distribuição, com abundância de machos nas superiores. Não houve diferença (p ≥ 0,05) entre as larguras de carapaça de machos e fêmeas no primeiro ano, porém no segundo os machos foram maiores que as fêmeas (p = 0,003), revelando à importância de se considerar as variações interanuais nestes estudos. Ambos os sexos apresentaram distribuição unimodal. O tamanho de primeira maturação sexual das fêmeas foi 6,00 cm. A largura de carapaça assintótica para machos foi de 9,4 cm e para as fêmeas de 9,2 cm, usando o método Wetherall. Não houve progressão modal definida, o que impossibilitou a determinação do parâmetro de crescimento k de Von Bertalanffy. Foram encontrados juvenis ao longo de todos os meses do ano, mostrando não haver um período de recrutamento definido, embora a abundância de juvenis tenha sido menor na estação seca. Foram observados quatro padrões de coloração, três para ambos os sexos e um quarto padrão observado apenas para as fêmeas. Os quatro padrões de coloração da carapaça estão claramente relacionados ao estágio de desenvolvimento (tamanho) e à maturidade sexual do animal.

ASSUNTO(S)

guaiamum padrão de coloração proporção sexual distribuição de tamanho

Documentos Relacionados