Pontos de corte no STOP-Bang para apneia obstrutiva do sono

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO Introdução: A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é um problema de saúde pública de alta prevalência e com impacto na qualidade de vida, complicações anestésicas e doenças cardiovasculares. Diante da dificuldade de acesso à realização da polissonografia, é necessário validar outros métodos para a triagem diagnóstica da SAOS na prática clínica no cenário brasileiro, como o questionário STOP-Bang. Objetivos: Validar o questionário STOP-Bang em brasileiros e avaliar os melhores pontos de corte. Método: Após tradução e retrotradução, o STOP-Bang foi aplicado em 71 indivíduos previamente submetidos à polissonografia e classificados em controles e em SAOS leve, moderada e grave. Resultados: A maioria da amostra foi de homens (59,2%), com 48,9±13,9 anos, brancos (79%) e com circunferência do pescoço >40 cm (73,8%). O escore STOP-Bang foi maior na SAOS leve (mediana/interquartis 25-75%: 5/3,5-6), moderada (4,5/4-5) e grave (5/4-6) versus controles (2,5/1-4). A Curva Característica de Operação do Receptor (ROC) indicou que os escores 3, 4 e 6 apresentam os melhores valores de especificidade (100, 80 e 92,9%) e sensibilidade aceitável (60, 66,7 e 50%) nos subgrupos de SAOS leve, moderada e grave, respectivamente. Na análise da amostra com SAOS (IAH ] ≥5, <15, ≥15 - <30, ≥30), o ponto de corte de 6 no STOP-Bang detectou melhor a SAOS. Conclusão: A versão brasileira do STOP-Bang identificou pacientes apneicos com menor sensibilidade e maior especificidade em relação a estudos anteriores. Diferentes pontos de corte melhorariam o desempenho para detectar pacientes com SAOS mais grave.

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