Políticas Climáticas e a Crise da Ordem Internacional Liberal

AUTOR(ES)
FONTE

Contexto int.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-08

RESUMO

Resumo A eleição de Donald Trump trouxe desordem ao regime da mudança climática. As mudanças em um promotor da ordem internacional liberal (LIO) exacerbaram as tensões existentes enquanto criavam novas. Este artigo estuda como esse desafio impactou os comportamentos do Brasil, da China e da União Europeia (UE). Faço isso analisando comparativamente as diferentes posições do Brasil, da China e da UE em relação a três indicadores antes e depois da chegada de Trump ao poder: compromissos individuais e políticas relacionadas ao clima, abordagens ao financiamento do clima e ao princípio das responsabilidades comuns porém diferenciadas e respectivas capacidades (CBDR-RC). A análise primeiro mostra como os EUA começaram a corroer a LIO mais amplo e o regime de mudança climática para depois mergulhar nos comportamentos dos três principais atores das negociações climáticas. Eu defendo que a UE, apesar de suas divisões internas, já está contrariando Washington, enquanto a China está combinando uma posição pró-status quo com uma condenação retórica dos Estados Unidos. O Brasil teve uma transição para um governo cético em relação ao clima, passando de um ator cooperativo a um que abdicou de sediar a COP 25.

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