Polissemia, polivalência e falhas de ligação: o conceito de RAIN (chuva, chover) e suas codificações em inglês, alemão, italiano e espanhol

AUTOR(ES)
FONTE

DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

No âmbito de uma lexicologia comparativa onomasiológica, e com base em um esquema ontológico que define o tipo de eventividade associado a RAIN (chuva, chover) como uma atividade moldada por expoente, as palavras para RAIN em duas línguas germânicas e duas línguas românicas são comparadas com respeito à sua variação semântica e sintática. Observa-se que as formas germânicas são mais flexíveis que as formas românicas. O item lexical rain, do inglês, apresenta a maior variação. Ele pode ser usado com oito valências diferentes, uma nominal e sete verbais, e com cinco sentidos diferentes, sendo o único que apresenta uma valência que combina um sujeito expletivo com um objeto cognato, assim como um sentido de eventividade causativizada. Por outro lado, somente o item lexical regnen, do alemão, apresenta um sentido resultativo. As línguas românicas também apresentam alguma variação interna. O verbo espanhol llover, ao possibilitar uma construção impessoal com um sentido generalizado e uma construção indicativa de origem, é ligeiramente mais flexível que o verbo italiano piovere. Finalmente, é apresentada uma análise dos dados pela Teoria da Otimalidade, com base em três princípios: evite falhas de ligação, evite heterogeneidade de padrões sintáticos e evite redundância.

ASSUNTO(S)

polissemia valência sentido padrões de ligação

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