PolÃticas estratÃgicas de comÃrcio exterior num ambinte de oligopÃlio : o caso da soja

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

O mercado internacional de soja em grÃo à caracterizado por relaÃÃes comerciais onde os paÃses participantes utilizam polÃticas estratÃgicas na disputa por fraÃÃo de mercado. Entre as polÃticas estratÃgicas utilizadas, os programas de suporte à produÃÃo implementada pelo setor pÃblico tÃm merecido destaque. No perÃodo que abrange as dÃcadas de 70 a 90, o complexo de soja tornou-se maior e mais moderno nos paÃses lÃderes de produÃÃo. Esse crescimento, em geral, foi resultado de polÃticas como incentivos tributÃrio e cambial, e subsÃdios à produÃÃo e à exportaÃÃo de soja. O volume mundialmente produzido de soja em grÃos concentra-se basicamente entre quatro principais paÃses: Estados Unidos, Brasil, Argentina e China. Quando analisadas as disputas por market share, verifica-se que o confronto principal no mercado internacional de soja em grÃos ocorre entre EUA, Brasil e Argentina, principalmente quando o mercado importador considerado à a Comunidade EconÃmica EuropÃia. Este trabalho considerou o mercado internacional de soja como uma estrutura centrada no equilÃbrio de Cournot onde, dadas as decisÃes de polÃticas comerciais tomadas pelos paÃses, as firmas simultaneamente decidem o quanto produzir e o quanto exportar; o que caracteriza um jogo nÃo-cooperativo entre os participantes. No modelo analisado assume-se que, quando um paÃs adota determinada polÃtica estratÃgica, os efeitos causados sobre as exportaÃÃes sÃo percebidos pelos demais participantes do mercado. Na anÃlise do modelo foi identificada uma relaÃÃo de equilÃbrio de longo prazo entre as sÃries de exportaÃÃes do Brasil e dos Estados Unidos. Os resultados, no entanto, mostram uma forte relaÃÃo de curto prazo entre as sÃries de exportaÃÃo de soja do Brasil e da Argentina. Da mesma forma, os resultados indicam que a polÃtica de desoneraÃÃo das exportaÃÃes, implementada em meados da dÃcada de 90 pelo governo brasileiro, foi efetiva em aumentar o volume exportado de soja. Os coeficientes de curto prazo nÃo mostraram, no geral, uma influencia estatisticamente significante das polÃticas implementadas pelos Estados Unidos sobre seus concorrentes. Examinando-se a decomposiÃÃo da variÃncia, no entanto, pode-se observar que as exportaÃÃes Brasileiras de soja influenciaram mais as variaÃÃes nas exportaÃÃes de soja americana do que o contrÃrio. Assim, pode-se supor que o Brasil apresentou mais capacidade competitiva para aumentar sua fraÃÃo de mercado do que os Estados Unidos. No caso da Argentina, a decomposiÃÃo da variÃncia mostra que as exportaÃÃes de soja foram mais influenciadas por fatores endÃgenos do que por influÃncia da variaÃÃo das sÃries do Brasil e Estados Unidos

ASSUNTO(S)

mercado internacional comÃrcio exterior cultura soja economia oligopÃlio

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