Plasticidade morfoanatômica foliar de Tibouchina clavata (Melastomataceae) ocorrente em duas formações de restinga

AUTOR(ES)
FONTE

Rodriguésia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-06

RESUMO

Resumo Respostas plásticas em plantas podem ser induzidas pela heterogeneidade espacial, sendo a restinga um ecossistema favorável á compreensão dessas respostas em função das condições ambientais limitantes que apresenta. O presente estudo avaliou de forma comparada as respostas plásticas foliares em duas populações de Tibouchina clavata (Melastomataceae) habitando as formações herbácea e florestal da restinga do Parque Estadual Acaraí, localizada em São Francisco do Sul-SC. Nos dez indivíduos amostrais de cada formação foram mensurados atributos morfoanatômicos foliares e do caule. Variáveis ambientais como nutrição edáfica, umidade gravimétrica e radiação luminosa foram mensuradas. As médias obtidas para cada variável foram comparadas pelo teste t de Student. Para cada atributo, foi calculado o índice de plasticidade fenotípica. Atributos morfológicos e anatômicos diferenciaram as duas populações entre si, sendo a população da formação herbácea tipicamente xeromórfica em função das condições ambientais mais restritivas. Condições mais favoráveis dadas pela maior oferta de nutrientes e água no ambiente florestal proporcionaram maior investimento dos indivíduos em crescimento. Atributos anatômicos mostraram-se pouco plásticos quando comparados aos morfológicos. T. clavata demonstrou ser uma espécie morfologicamente plástica que permite a compreensão dos efeitos dos fatores limitantes da restinga sobre o desenvolvimento vegetal, com destaque ás condições nutricional, hídrica e lumínica que induzem ao xeromorfismo.

ASSUNTO(S)

índice de plasticidade floresta de restinga morfoanatomia funcional planície costeira restinga herbácea

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