Pithecellobium cochliocarpum (Gomez) Macbr: da teoria medicinal à investigaÃÃo toxicolÃgica e utilizaÃÃo terapÃutica / Pithecellobium cochliocarpum (Gomez) Macbr: from medicinal theory to the toxicological investigation and therapeutical use
AUTOR(ES)
Cynthia Maria Pontes de Lima
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
A utilizaÃÃo de produtos naturais vem crescendo notadamente nestes Ãltimos anos. A pesquisa farmacolÃgica de plantas medicinais tem propiciado nÃo sà avanÃos importantes para a terapÃutica de vÃrias patologias, como tambÃm tem fornecido ferramentas extremamente Ãteis para o estudo teÃrico de fisiologia e farmacologia. Pithecellobium cochliocarpum (Gomez) Macbr pertencente à famÃlia Leguminosae Mimosoideae trata-se de uma Ãrvore de grande porte, apresentando flor esverdeada e frutos com vÃrias sementes. Popularmente à conhecida como âbabatenonâ, âbarbatenonâ, âbarbatimÃoâ e âbarbatimamâ, sendo utilizada como antiulcerogÃnica, antiinflamatÃria e cicatrizante. A pesquisa proposta avaliou a atividade toxicolÃgica, antiinflamatÃria e antineoplÃsica do extrato etanÃlico da casca de P. cochliocarpum. Durante a atividade antineoplÃsica foram avaliados aspectos histopatolÃgicos dos seguintes ÃrgÃos: fÃgado, baÃo rins e coraÃÃo, alÃm dos tumores extirpados. O ensaio toxicolÃgico agudo visou à avaliaÃÃo dos efeitos comportamentais da administraÃÃo crescente das doses do extrato. Inicialmente foram observados efeitos estimulantes e apÃs trinta minutos efeitos depressores do Sistema Nervoso Central. A dose letal (DL50) do extrato etanÃlico de P. cochliocarpum estimada em 257,49 mg/kg foi considerada muito tÃxica (grau 4) por via intraperitoneal. Para a atividade antiinflamatÃria, utilizou-se o modelo de edema de pata induzida por carragenina, na qual foram administradas doses referentes a 5, 10 e 20% da DL50 (12,87; 25,75 e 51,50 mg/kg, respectivamente), em ratos Wistar (Rattus norvegicus) machos e fÃmeas. Os resultados demonstraram que nÃo houve uma reduÃÃo significativa dos volumes dos edemas nos animais machos tratados com a dose de 12,87 mg/kg do extrato bruto de P. cochliocarpum. A dose mais representativa, em machos, dos grupos tratados com o extrato foi de 25,75 mg/kg, obtendo uma reduÃÃo significativa dos volumes dos edemas na quarta e sexta hora (com percentuais de inibiÃÃo de 35,33 e 51,22%, respectivamente). Em fÃmeas, a partir da terceira hora houve inibiÃÃo do edema com as doses de 12,87 e 51,50 mg/kg. Para avaliaÃÃo da atividade antineoplÃsica com a linhagem Sarcoma 180, cÃlulas antitumorais foram implantadas em camundongos Swiss (Mus musculus) fÃmeas sadias. Os animais divididos em grupos de seis, foram tratados com soluÃÃo fisiolÃgica 0,9%, metotrexato (10 mg/kg) e extrato etanÃlico de P. cochliocarpum nas doses de 12,87; 25,75 e 51,50 mg/kg. Os animais tratados com o extrato na dose de 51,50 mg/kg obtiveram Ãndice de inibiÃÃo significativo de 39% quando comparado com o grupo controle. Para os animais tratados com metotrexato (10 mg/kg) a inibiÃÃo foi de 89,02%. Os dados histolÃgicos revelaram a presenÃa de vasos congestos nos rins e nos coraÃÃes de todos os animais manipulados. A presenÃa de cÃlulas neoplÃsicas nos ÃrgÃos dos animais tratados com o extrato etanÃlico de P. cochliocarpum diminuiu à medida que se aumentou a dose, no entanto, a presenÃa de infiltrado inflamatÃrio foi intensificada. Conclui-se que o extrato bruto etanÃlico de Pithecellobium cochliocarpum (Gomez) Macbr apresentou toxicidade elevada. As atividades antiinflamatÃria e antitumoral do extrato nÃo foram satisfatÃrias. Sugere-se a realizaÃÃo de outros protocolos experimentais e outros tipos de extraÃÃo que comprovem atividades farmacolÃgicas justificando seu emprego popular
ASSUNTO(S)
pithecellobium cochliocarpum farmacia toxicity acute atividade antiinflamatÃria atividade antitumoral anti inflammatory activity toxicidade aguda sarcoma 180 antitumoractivity pithecellobium cochliocarpum sarcoma 180
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