PINNULARIACEAE (BACILLARIOPHYTA) DE UM LAGO DE INUNDAÇÃO AMAZÔNICO (LAGO TUPÉ, AMAZONAS, BRASIL): TAXONOMIA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E SAZONAL

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/07/2009

RESUMO

Visando aprofundar os estudos sobre as diatomáceas da bacia do rio Negro foi desenvolvido o presente trabalho que teve por objetivo identificar e descrever as espécies da família Pinnulariaceae (Bacillariophyta) e verificar possíveis padrões de distribuição espacial e sazonal da riqueza e composição de espécies no lago Tupé, um ambiente de inundação de águas pretas da bacia do rio Negro. Para o presente estudo as amostras foram coletadas com rede de plâncton (25μm), nos períodos de agosto de 2002 a junho de 2004, em escala bimestral, englobando os períodos de vazante e águas baixas de 2002 e 2003 e enchente e águas altas de 2003 e 2004, em três estações de coletas. Para a análise morfológica das diatomáceas as amostras foram oxidadas e o material montado entre lâmina e lamínula. Foram analisadas três lâminas de cada amostra. A comunidade de diatomáceas da família Pinnulariaceae do lago Tupé esteve composta por 70 táxons distribuídos por 2 gêneros: Caloneis Cleve e Pinnularia Ehrenberg. O gênero Pinnularia foi o mais bem representado com 67 táxons e Caloneis com três táxons. O teste de X2 demonstrou haver diferença significativa na riqueza das espécies da família Pinnulariaceae entre as estações de amostragem, independente da época do ano (X2 0,05(22) = 60,39; p <0,05) e mostrou que existe diferença significativa entre águas altas (junho/2003) e águas baixas (dezembro/2003) no lago Tupé com X2 0,05(2) = 6,42; p <0,05, no qual o período de águas baixas contribui com a maior riqueza de espécies. A beta diversidade foi baixa entre as estações (ß-1= 22,9) e entre os períodos do ciclo hidrológico (ß-1= 37,3) revelando condições mais homogêneas entre ambientes e alta troca de espécies entre períodos. Para este estudo dez espécies foram citadas pela primeira vez na Amazônia brasileira e um número expressivo de espécies do gênero Pinnularia Ehrenberg não puderam ser enquadradas com base na literatura já publicada.

ASSUNTO(S)

pinnulariaceae algas diatomáceas taxonomia ecologia

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