PHYTOCHEMICAL AND BIOLOGICAL STUDY OF DIFFERENTS SPECIE OF Rubus GENUS FOUND IN THE CATARINENSE FLORA / ESTUDO FITOQUÍMICO E BIOLÓGICO DE DUAS ESPÉCIES DO GÊNERO Rubus ENCONTRADAS NA FLORA CATARINENSE

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O gênero Rubus tem se destacado pelo uso popular devido aos frutos que produzem e suas folhas que são usadas com propósito terapêutico para tratar diversas patologias, incluindo diabetes. Algumas espécies têm sido alvo de estudos científicos visando o isolamento e a avaliação do potencial terapêutico. No entanto, sobre as espécies adaptadas no Brasil muito pouco é encontrado na literatura. Desta forma, este trabalho descreve a avaliação fitoquímica e biológica das raízes de R. imperialis e das partes aéreas de R. rosaefolius encontradas na flora catarinense. O material vegetal foi moído, seco a 40 oC e macerado em metanol durante 7 dias. Após evaporação do solvente sobre pressão reduzida, o extrato foi dissolvido numa mistura de metanol:água (9:1) e particionado com solventes de polaridade crescente como hexano, diclorometano, acetato de etila e butanol. As respectivas frações foram submetidas aos métodos cromatográficos (CC e CCD) e as substâncias puras foram identificadas através das técnicas espectroscópicas usuais (IV, RMN 1H e 13C). Da fração butanólica obtida das raízes de R. imperialis, foi isolado e identificado uma substância denominada de ácido 3-O-metil-4- metilelágico. Quando testado frente a diferentes microrganismos patogênicos, esta substância apresentou uma concentração inibitória mínima de 200 μg/mL para a bactéria Streptococcus agalactiae. Em relação a R. rosaefolius, as substâncias isoladas foram identificadas como stigmasterol, sitosterol, β sitosterol glicosídeo, ácido tormêntico e o ácido 28-metóxitormêntico. Tanto as frações quanto o ácido 28-metóxitormêntico apresentam um pronunciado dose-dependente efeito antinociceptivo, quando submetido aos testes das contorções abdominais induzidas pelo pelo ácido acético e formalina, em camundongos. Particularmente, no teste das contorções, o ácido 28- metóxitormêntico apresentou uma DI50 e IM de 5,1 (3,6 - 7,1) mg/kg de 64,2% respectivamente. Quando analisada no modelo de dor induzido pela formalina, este ácido apresentou uma DI50 e IM de 9,9 (8,0 -12,3) e 6,3 (5,0 - 7,9) mg/kg e 39,3 e 90,3%, para a primeira e segunda fase, respectivamente. Quando comparado com a aspirina e o paracetamol, dois medicamentos usados na clínica, mostrou-se cerca de 10 vezes mais potente, sugerindo contribuir em parte pelo efeito encontrado para a planta em questão.

ASSUNTO(S)

ácido 3-o-metil-4-metilelágico rubus imperialis produtos naturais farmacia 3 o methyl-4 methylellagicacid r. rosaefolius r. imperialis r. rosaefolius

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