Phenotypic analysis of discordant monozygotic twins for pain-related temporomandibular joint disorder. Case report

AUTOR(ES)
FONTE

BrJP

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O desenho da pesquisa com gêmeos monozigóticos discordantes para a doença surgiu como uma ferramenta poderosa para a detecção de fatores de risco fenotípicos. O objetivo deste estudo foi relatar um caso clínico de gêmeas monozigóticas discordantes para disfunção temporomandibular (DTM) dolorosa a partir de análise fenotípica cognitivo-comportamental-emocional entre elas, por meio de comparação de variáveis clínicas de dor, histórico de exposição a procedimentos dolorosos na primeira infância e enfrentamento de dor (autoeficácia e lócus de controle). RELATO DO CASO: A gêmea-DTM apresentou diagnóstico de DTM dolorosa (dor miofascial com referência) e articular (deslocamento do disco com redução) segundo os critérios do Critérios de Diagnóstico para Distúrbios Temporomandibulares. A gêmea--controle não apresentou DTM, contudo apresentou manifestação clínica de outras dores crônicas. A gêmea-DTM apresentou limiar de dor à pressão reduzido, hiperalgesia em regiões trigeminais/extra-trigeminais quando comparados à gêmea-controle, que na primeira infância foi mais exposta a procedimentos dolorosos devido a problemas cardíacos congênitos. Ambas apresentaram sensibilização central de acordo com o Inventário de Sensibilização Central, embora a gêmea-DTM apresentou mais pensamentos catastróficos sobre a dor. A gêmea-DTM apresentou lócus de controle interno. CONCLUSÃO: Ambas as gêmeas apresentaram fenótipo de dor crônica, apesar do fato de serem discordantes para a DTM. Dentre as avaliações, as que mais diferiram entre o par foram o baixo limiar de dor à pressão e hiperalgesia local presentes na gêmea com DTM. O lócus de controle interno associado à maior sensibilidade indicou melhor enfrentamento da experiência dolorosa para a gêmea-DTM. Uma possível explicação para esta manifestação clínica está pautada na hipótese de que experiências dolorosas na primeira infância vivenciadas por ela tenham moldado um fenótipo de maior sensibilidade com melhor enfrentamento e resiliência frente à condição dolorosa.

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