Petrologia e geoquÃmica dos granitÃides do complexo prata a Nordeste de Monteiro - PB

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

O presente trabalho compreende o estudo das rochas granÃticas do Complexo Prata, localizado a nordeste do municÃpio de Monteiro (PB). O complexo Prata à formado por intrusÃes em forma de diques e stocks de composiÃÃo granÃtica, localmente contendo enxames de enclaves mÃficos. Diques de dacito e basalto de direÃÃo NNE e E-W sÃo observados cortando os granitos e os migmatitos encaixantes da Faixa PajeÃ-ParaÃba. Os enxames de enclaves mÃficos sÃo sempre observados prÃximos as bordas do Complexo, seguindo a direÃÃo dos diques de rochas basÃlticas. Seis fÃcies petrogrÃficas foram mapeadas no Complexo Prata: Biotita-senoganito porfirÃticos (BSGP), hornblenda-biotita-sieno a monzogranitos porfirÃticos (HBSMGP), biotita-sienogranitos (BSG), monzodioritos a quartzo-monzonitos (MQM), dioritos e noritos. As relaÃÃes petrogrÃficas revelam uma mineralogia comum, quartzo, plagioclÃsio, microclina, biotita e anfibÃlio. PorÃm a fÃcies norito apresenta olivina reagindo com o lÃquido para formar hiperistÃnio. Os dados de quÃmica mineral revelam que os plagioclÃsios apresentam uma composiÃÃo variando de oligoclÃsio a andesina nas rochas granÃticas, os K-feldspatos sÃo basicamente ortoclÃsios e as biotitas e anfibÃlios sÃo ricos em ferro. Quimicamente as rochas do Complexo Prata sÃo metaluminosas a peraluminosas, apresentando altos teores de potÃssio. Nos diagramas Harker observa-se correlaÃÃes negativas para TiO2, CaO, MgO, P2O5. Al2O3 Na2O permanecem constantes com o aumento de SiO2. Os teores de Nb (26-46 ppm) e Y (36-61 ppm) sÃo elevados, comparados a mÃdia observada em granitos cÃlcio-alcalinos e de afinidades shoshonÃticas na ProvÃncia Borborema. TrÃs padrÃes distintos de ETR normalizados em relaÃÃo ao condrito sÃo observados no Complexo Prata: os padrÃes de HBSMGP, BSGP e BSG mostram razoes de ETRL/ETRP elevadas (10 a 40) e profundas anomalias negativas de EU/EU* = 0,33 em mÃdia. Os dioritos e MQM mostram padrÃes semelhantes aos observados em HBSMGP, BSGP e BSG, porem com anomalias negativas de Eu menos profundas. Os noritos apresentam padrÃes horizontalizados com pequenas anomalias negativas de EU. Os Spidergramas normalizados em relaÃÃo ao manto primitivo mostram trÃs padrÃes distintos: os padrÃes dos granitos sÃo fracionados com profundas depressÃes em Ti e Sr, pequenas depressÃes em Nb, Y e Ba e picos em Rb, K; os dioritos e MQM sÃo caracterizados por padrÃes semelhantes aos granitos, porem com depressÃes menores em Ti e Sr; os basaltos mostram pequenas depressÃes em Nb, Ti e Sr e os dos noritos mostram profundas depressÃes em Y, Ti, Zr, Sr e Nb. Os dados petrogrÃficos e geoquÃmicos indicam que o Complexo Prata foi originado por diferentes magmas, que se misturaram parcialmente durante a ascensÃo. A idade isocronica Rb/Sr obtida para o Complexo Prata à de (512 + 30 Ma), junto com as evidÃncias geoquÃmicas, pode caracterizÃ-lo como uma intrusÃo anorogÃnica. As evidÃncias geoquÃmicas e petrogrÃficas do Complexo Prata, associadas Ãs similaridades entre este complexo e outros caracterizados como granitÃides do tipo A, sugerem magmatismo tipo A para o Complexo Prata.

ASSUNTO(S)

geociencias petrographic petrografia geochemical petrologic geoquÃmica petrologia

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