Pessoas de 50 anos e mais vivendo com HIV/AIDS no CearÃ, Brasil / People 50 years or older living with HIV/AIDS in CearÃ, Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/06/2009

RESUMO

O crescimento dos casos de Aids em pessoas de 50 anos a mais chama a atenÃÃo, principalmente na Ãltima dÃcada. Este estudo teve como objetivo descrever as caracterÃsticas epidemiolÃgicas de pessoas com 50 anos a mais vivendo com HIV/Aids no Estado do CearÃ. MÃtodo Realizou-se um estudo transversal, em um hospital de referÃncia terciÃria localizado em Fortaleza-CE, no perÃodo de setembro a novembro de 2008. Um questionÃrio semiestruturado foi aplicado a 200 pacientes com HIV/Aids, de 50 a 83 anos de idade. Foram comparadas as diferentes proporÃÃes, separadamente para homens e mulheres com (IC 95%). Utilizou-se o teste do Qui-quadrado, de Pearson, ou Exato, de Fisher, quando apropriado. Resultados. Do total, 72,5% dos pacientes eram homens com mÃdia de idade de 63,5 anos; 53,5% tinham menos de oito anos de estudo; 69,0% residiam em Fortaleza; 51,0% pertenciam ao âEstrato econÃmico D/Eâ, revelando as precÃrias condiÃÃes de vida materiais desta populaÃÃo. O sexo feminino predominou com as cores parda (74,5%) e preta (7,3%), nÃveis de instruÃÃo mais baixos e maiores proporÃÃes de viÃvas (51,5). As mulheres foram menos sexualmente ativas (22,0%) e somente uma (0,8%) relatou mais de um parceiro nos Ãltimos 12 meses. A atividade sexual diminuiu com a idade: 60,2% entre 50-59 anos e 42,8% entre aqueles com 70 anos e mais; 48,0% dos pacientes relataram mÃdia de seis relaÃÃes sexuais ao mÃs. Homens usaram mais preservativo em relaÃÃes casuais (96,5%), entre as mulheres o menor uso foi nas relaÃÃes fixas (80,0%). O sexo vaginal predominou com 70,0%; o sexo oral e anal foi pouco frequente entre as mulheres e 33,0% dos pacientes referiu sexo comercial em algum momento na vida. No conjunto da populaÃÃo masculina, 41,0% referiram contato sexual com outro homem; 52,5% descobriram o diagnÃstico entre 30 e 49 anos; 31,0% mostraram a mÃdia de 17 anos de diagnÃstico; 59,0% nunca fizeram o teste anti-HIV antes da infecÃÃo; 76,0% referiram aquisiÃÃo da doenÃa por via sexual, homens com parceiro desconhecido (44,1%) e mulheres com parceiro conhecido (69,1%); 17,0% nÃo tÃm ideia de como se deu a infecÃÃo. O uso de Ãlcool foi prevalente e de drogas injetÃveis foi raro. ConclusÃo. A anÃlise mostrou diferenÃas entre os sexos, diagnÃstico tardio, envelhecimento com a aids, alto uso de preservativo apÃs a infecÃÃo por HIV e pouca percepÃÃo em estar em situaÃÃo de risco. Estes achados remetem à necessidade de um programa voltado especificamente para esta populaÃÃo com 50 anos ou mais.

ASSUNTO(S)

saude publica aids (doenÃa). sÃndrome da imunodeficiÃncia adquirida. idoso. epidemiologia. aids (disease). acquired immunodeficiency syndrome. elderly. epidemiology. sÃndrome de imunodeficiÃncia adquirida epidemiologia

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