Peso insuficiente ao nascer: estudo de fatores associados em duas coortes de recém-nascidos em Ribeirão Preto, São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Paulista de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-03

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar fatores associados ao aumento das taxas de peso insuficiente (PI) em duas coortes de recém-nascidos (RN) vivos e de parto único de Ribeirão Preto, São Paulo, separadas por 15 anos (1978/79 e 1994). MÉTODOS: Foram estudados 6.223 partos em 1978/79 e 2.522 em 1994, excluindo-se os RN de baixo peso. Associação entre PI e variáveis independentes (idade, trabalho, escolaridade e tabagismo maternos, abortos e natimortos prévios, número de filhos, situação conjugal, visitas de pré-natal, tipo de parto e hospital, categoria de internação, renda familiar, idade gestacional e sexo do RN) foi analisada por cálculo da Odds Ratio (OR) bruto e intervalo de confiança 95%, seguida de regressão logística múltipla. RESULTADOS: Em 1978/79, na análise ajustada, idade materna <20 anos (p=0,014), renda familiar <5 salários-mínimos (p=0,030), menos de quatro consultas de pré-natais (p=0,003), parto vaginal (p<0,001), sexo feminino (p<0,001), tabagismo materno (p<0,001) e prematuridade (p<0,001) estiveram associados a PI. Em 1994, os fatores associados ao PI foram: trabalho materno fora do lar (p=0,020), sexo feminino (p<0,001), tabagismo materno (p<0,001) e prematuridade (p<0,001). CONCLUSÕES: Variáveis socioeconômicas que atuaram em 1978/79 desapareceram em 1994, restando o sexo do RN, o hábito de fumar e a prematuridade nos dois períodos. Como houve diminuição do tabagismo materno e não houve modificação na proporção de nascimentos do sexo feminino, uma explicação para o aumento do PI seria o aumento nos nascimentos pré-termo entre as duas coortes.

ASSUNTO(S)

peso insuficiente recém-nascido peso ao nascer prematuro

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