Perspectivas para a leucemia mielóide aguda na infância após a observação de um grupo de pacientes tratados convencionalmente
AUTOR(ES)
Zanichelli, Maria Aparecida, Cristófani, Lilian Maria, Almeida, Maria Tereza A., Maluf Júnior, Paulo T., Odone Filho, Vicente
FONTE
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-12
RESUMO
O tratamento atual das leucemias mielóides agudas (LMA) obedece principalmente aos seguintes critérios: precisa caracterização clínica e biológica, adequada e agressiva quimioterapia, intensa terapia de suporte e possível indicação precoce de transplante de medula óssea. Neste artigo, envolvendo crianças tratadas entre 1986 e 1996, são apresentados os resultados passíveis de obtenção com tratamento quimioterápico convencional e discutidas as bases de implantação de um programa terapêutico moderno e de maior eficácia. Quarenta e três pacientes com LMA "de novo", idades entre 6 meses e 14,5 anos, foram tratados conforme programa terapêutico que incluiu indução e consolidação com quatro drogas: DAUNO, ARA-C, VCR e DEXA e 60 semanas de manutenção com os seguintes ciclos administrados seqüencialmente: ARA-C & ASP, CICLO & ETO, DAUNO (6-TG) & ARA-C & VCR & DEXA e 6-TG & ARA-C & VCR & DEXA. Profilaxia de envolvimento de SNC com ARA-C por via intratecal. Nenhuma criança foi submetida a transplante de medula óssea em primeira instância. 38/43 (84%) crianças alcançaram remissão completa e a sobrevida livre de eventos estimada para três anos foi de 24 ± 7%. A importância da discriminação das LMA em grupos de risco, que levem em consideração particularmente os achados citogenéticos, além de novas modalidades de abordagem terapêutica, é discutida, destacando-se a importância atual dos transplantes alogênicos de medula óssea.
ASSUNTO(S)
leucemia mielóide aguda idade pediátrica tratamento convencional transplantes alogênicos de medula óssea
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