Perspectivas do Sul Global sobre Stonewall após 50 anos, Parte I—Sul pelo Sul, Trans por Trans

AUTOR(ES)
FONTE

Contexto int.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Resumo Os distúrbios contra uma batida policial em Nova York no bar Stonewall Inn em junho de 1969 são frequentemente identificados como tendo desencadeado o movimento pelos direitos LGBT e a comemoração dos distúrbios um ano depois, em junho de 1970, inaugurou uma série de eventos do Orgulho LGBT que continuam até hoje em todo o mundo. Neste fórum de duas partes, refletimos sobre os efeitos contraditórios do legado internacional de Stonewall. Quais fatos ou lendas são celebrados e quais são marginalizados cinquenta anos depois? Como o sinal ‘Stonewall’ veio para inspirar e/ou marginalizar outras resistências conforme o evento dos EUA se tornou apropriado globalmente? Nesta primeira parte do Fórum, Silva e Jacobo consideram como as mulheres trans negras no Sul Global têm perseguido a luta das mulheres trans ativistas pioneiras na cidade de Nova York e engajado na história de Stonewall além dos Estados Unidos, negando o branqueamento do discurso sobre as revoltas por homens gays cis e mulheres lésbicas cis hegemônicos do movimento, mesmo em suas respectivas nações, Brasil e Filipinas. Esta contribuição do fórum homenageia pessoas trans negras e pardas, cujos corpos foram considerados monstruosos no coração do império e em outros lugares, onde o império permanece. As autoras juntas aspiram a pensar o planeta a partir de suas coordenadas: sul pelo sul, trans por trans. Da irmandade que forjaram, essas duas mulheres trans do Rio de Janeiro e de Manila, imbricadas em suas feridas, mas unidas pela vontade de curar, teorizam a resistência e reexistência como mulheres em um presente decolonial transfeminista.

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