Persistência de anticorpos seguida de vacina conjugada meningocócica C em crianças e adolescentes infectados por vírus da imunodeficiência humana
AUTOR(ES)
Frota, Ana Cristina Cisne, Harrison, Lee H., Ferreira, Bianca, Menna-Barreto, Daniela, Castro, Raquel Bernardo Nana de, Silva, Giselle Pereira da, Oliveira, Ricardo Hugo de, Abreu, Thalita F., Milagres, Lucimar G., Hofer, Cristina B.
FONTE
J. Pediatr. (Rio J.)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-10
RESUMO
Resumo Objetivo: As pessoas infectadas pelo HIV (HIVI) estão sujeitas a infecção meningocócica e apresentam menor resposta a vacinas. São escassos os dados a respeito da persistência de longo prazo do anticorpo bactericida no soro humano (hSBA) após vacina conjugada meningocócica C (MCC) em HIVI jovens e visamos a descrever essa persistência em HIVI. Métodos: Foram recrutadas pessoas HIVI e pessoas não infectadas por HIV (HIVU), entre 2 e 18 anos, CD4 > 15%. A seroproteção (hSBA ≥ 1:4) basal aos 12–18 meses após a imunização foi avaliada e a associação dos diferentes fatores com a persistência de longo prazo foi calculada com a regressão logística. Resultados: Foram recrutados 145 HIVI e 50 HIVU e imunizados e sua idade média foi determinada em 11 anos (12 no grupo HIVI e 10 no grupo HIVU, valor de p = 0,02); 85 HIVI (44%) apresentaram carga viral indetectável (CVI). A taxa de seroproteção foi 27,2%: 24,1% no grupo HIVI e 36% no grupo HIVU 12-18 meses após imunização (p = 0,14). A imunidade basal [razão de chance (RC) = 7070, IC: 65,2–7666]; CVI no momento da participação (RC: 2,87, IC de 95%: 0,96-8,62) e renda familiar mais baixa (RC: 0,09, IC de 95%: 0,01-0,69) foram associadas a seroproteção entre as pessoas HIVI. Conclusão: A seroproteção aos 12-18 meses após única dose de MCC mostrou-se baixa em ambos os grupos e mais elevada entre as pessoas que apresentaram imunidade basal. Entre as pessoas HIVI, as vacinas devem ser administradas após a CVI ser atingida.
ASSUNTO(S)
vacina meningocócica imunologia vacinas conjugadas hiv crianças brasil
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