PERFORMANCE AND INGESTIVE BEHAVIOR OF FEEDLOT STEERS AND COWS SUBMITTED TO FEEDING FREQUENCIES / DESEMPENHO E COMPORTAMENTO INGESTIVO DE NOVILHOS E VACAS SOB FREQÜÊNCIAS DE ALIMENTAÇÃO EM CONFINAMENTO

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O experimento foi realizado com o objetivo de estudar o desempenho e o comportamento alimentar de novilhos e vacas de descarte terminados em confinamento, submetidos a distintas freqüências de alimentação, duas (7:00 e 19:00 horas), três (7:00, 13:00 e 19:00 horas) ou quatro (7:00, 11:00, 15:00 e 19:00 horas) vezes ao dia. Foram utilizados novilhos com idade média de 21 meses e vacas com média de 66 meses, todos mestiços Charolês-Nelore do mesmo rebanho. A dieta fornecida aos animais foi composta de silagem de milho (40%) e concentrado (60%). A obtenção dos parâmetros de desempenho ocorreu pela pesagem e atribuição de escore corporal aos animais em períodos pré-estabelecidos, pesagem das quantidades de alimento fornecida e respectivas sobras, análise bromatológica dos ingredientes da dieta e das sobras. Os parâmetros de comportamento foram originados de três avaliações de 48 h cada, com registros de atividades dos animais a cada 5 minutos, além da contagem de mastigações por bolo de ruminação e sua duração. A interação freqüência de alimentação x período de confinamento foi significativa para consumo voluntário de matéria seca (MS) e energia digestível (ED). O aumento do número de fornecimentos de alimento não afetou o ganho de peso médio diário (1,54, 1,53 e 1,50 kg, respectivamente) e a eficiência da transformação da MS consumida em ganho de peso (8,90, 8,59 e 8,31 kg de MS/kg ganho de peso) e da energia digestível (26,42, 25,34 e 24,58 Mcal/kg ganho de peso). Não houve interação significativa entre freqüência de alimentação e categoria animal. As vacas apresentaram maior consumo médio diário de MS expresso por animal (13,92 contra 10,76 kg) e por unidade de tamanho metabólico em relação aos novilhos, não causando alteração significativa no ganho de peso médio diário (1,60 e 1,45 kg, respectivamente). As vacas foram 17,72 e 17,30% menos eficientes que os novilhos na transformação de MS e energia digestível em ganho de peso, respectivamente. A interação categoria animal x período de confinamento foi significativa para o ganho em estado corporal. Nas vacas, o ganho em estado corporal foi mais acentuado nos dois períodos iniciais do confinamento; já nos novilhos foi mais acentuado na fase final. A interação freqüência de alimentação x categoria animal não foi significativa para os parâmetros de comportamento. Os animais que receberam três fornecimentos permaneceram ruminando em pé mais tempo do que àqueles que receberam 4 fornecimentos (1,16 contra 0,68 h). No entanto, quando somados o tempo total de ruminação (em pé e deitado) essa diferença deixou de existir (6,76 contra 6,90 h, respectivamente). As três refeições diárias também levaram os animais a consumir água por mais tempo (0,33 h) em relação aos alimentados duas (0,25 h) e quatro vezes (0,19 h). Não houve influência do número de fornecimentos para as variáveis ócio e ingestão. Os animais permaneceram 38,92% do tempo em pé e 61,02% deitados. O número de fornecimentos não influenciou as atividades relacionadas à ruminação; mas a categoria animal influenciou o número de mastigações realizadas por bolo, por kg de MS ingerida e a taxa de ingestão. Os novilhos apresentaram 55,70 mastigações/bolo e 2.163,32 mastigações por kg de MS consumida contra 51,69 e 1.591,13 mastigações das vacas, respectivamente. A taxa de ingestão de MS foi de 3,01 kg/h para os novilhos e de 3,58 kg/h para as vacas de descarte.

ASSUNTO(S)

novilhos bovinos dieta alimentação zootecnia zootecnia

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