PERFIL MOLECULAR, PUREZA E ATIVIDADE DO INIBIDOR DE TRIPSINA EM ISOLADOS PROTEICOS DE FEIJÃO-CAUPI

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Caatinga

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-03

RESUMO

RESUMO O processo mais utilizado na preparação de isolado proteico (IP) envolve a precipitação isoelétrica da proteína. O aquecimento abrevia o tempo de preparo dos isolados. Entretanto, esse procedimento pode afetar a pureza, rendimento, perfil molecular da proteína e presença do inibidor de tripsina. Este trabalho objetivou investigar o efeito do aquecimento na produção de IP de feijão-caupi. O feijão integral (FI) cru foi moído e desengordurado com hexano e o IP foi obtido por precipitação isoelétrica com aquecimento (IPCA) e sem aquecimento (IPSA). Determinou-se o teor proteico do FI, e dos isolados pelo método de micro-Kjeldahl. Estimou-se o rendimento da extração, pela massa de proteína ao final da extração em relação à existente inicialmente no material seco. Possíveis perdas de frações proteicas foram avaliadas por eletroforese SDS-PAGE. A atividade inibitória da tripsina foi avaliada em ensaio enzimático (BAPNA: benzoil-DLarginina-p-nitroanilida). Obteve-se um IPCA (83,3% de proteína), menos puro que o IPSA (92,2%). O rendimento do IPCA foi menor (40,0%) em relação ao IPSA (42,3%). A eletroforese indicou bandas variando de 13 a 262 kDa no FI, o IPSA apresentou um perfil de frações proteicas mais próximo ao FI que o IPCA. O FI apresentou atividade inibitória, expressa em Unidades Inibitórias de Tripsina (UIT) de 32,5±0,5UIT/mg-proteína, o IPCA apresentou 12,7±0,5UIT/mg-proteína (39% do observado no FI) e, o IPSA, 8,3±0,2 UIT/mg-proteína (25,5%). O aquecimento reduz o rendimento e a pureza da proteína nos isolados. Entretanto, a atividade inibitória da tripsina é mais afetada pelo processo de isolamento.

ASSUNTO(S)

vigna unguiculata inibidor de tripsina proteína isolada.

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