Perfil molecular dos carcinomas ductais in situ de alto grau da mama puros ou associados a carcinoma invasor. Detecção por imunofenotipagem molecular.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/12/2010

RESUMO

Introdução: Estudos recentes empregando microarranjos de DNA identificaram grupos distintos de tumores, com prognósticos diferentes, e desenvolveram uma nova classificação para os carcinomas mamários invasivos baseada no perfil molecular. Embora existam vários estudos sobre carcinomas mamários invasivos, poucos trabalhos avaliaram o perfil molecular por imuno-histoquímica dos carcinomas ductais in situ da mama. Objetivos: Avaliar as frequências dos diferentes fenótipos moleculares em uma série de casos de carcinomas ductais in situ de alto grau da mama puros ou associados a carcinoma invasor; comparar a frequência dos fenótipos moleculares nos componentes in situ e invasor; verificar a concordância dos fenótipos moleculares nos componentes in situ e invasor nos casos com os dois componentes tumorais associados. Material e métodos: Foram avaliados 121 casos de carcinoma ductal in situ de alto grau da mama, puros ou associados a componente invasor, diagnosticados no Hospital das Clínicas da UFMG no período de 2003 a 2008. A avaliação imuno-histoquímica incluiu a pesquisa de receptores de estrógeno (RE) e progesterona (RP), superexpressão do fator de crescimento epidérmico 2 (HER2), citoqueratinas 5 (CK5) e 14 (CK14) e expressão do fator de crescimento epidérmico 1 (EGFR/HER1). Os tumores foram classificados em cinco subgrupos de acordo com a classificação molecular: luminal A (RE+/HER2-/CK5-), luminal B (RE+/HER2+/CK5-), HER2 (RE-/HER2+/CK5-), basal (CK5+, independente de outros marcadores), não classificável (negatividade para todos os marcadores). Resultados: Entre os carcinomas ductais in situ puros, o fenótipo mais frequente foi o luminal A (24/42 casos; 57,1%), seguido pelo HER2 e tipo não classificável (6/42 casos; 14,3% para ambos), luminal B (5/42 casos; 11,9%) e fenótipo basal (1/42 casos; 2,4%). Entre os carcinomas ductais in situ associados a carcinoma invasor, o fenótipo luminal A também foi o mais frequente (44/79 casos; 55,7% e 50/77 casos; 64,9% respectivamente para os componentes in situ e invasor). O fenótipo HER2 correspondeu a 6/79 casos (7,6%) no componente in situ e 4/77 casos (5,2%) no componente invasor. O fenótipo basal foi observado em 10/79 casos (12,7%) no componente in situ e em 5/77 casos (6,5%) no componente invasor. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as frequências dos diferentes fenótipos moleculares no carcinoma ductal in situ puro ou associado a componente invasor (p >0,05). O fenótipo basal evidenciou tendência à maior positividade no grupo do carcinoma ductal in situ associado a componente invasor (p = 0,095). Excelente concordância entre os diferentes fenótipos moleculares nos componentes in situ e invasor foi observada (kappa = 0,823). Conclusões: A distribuição de frequência dos fenótipos moleculares observada em nosso estudo foi semelhante à descrita em trabalhos anteriores. Nossos resultados demonstram boa concordância entre carcinomas ductais in situ e carcinomas mamários invasivos sincrônicos em relação aos diferentes fenótipos moleculares

ASSUNTO(S)

carcinoma ductal de mama decs carcinoma intraductal não infiltrante decs imunofenotipagem decs neoplasias da mama decs carcinoma in situ decs imunoistoquímica decs mama decs dissertações acadêmicas decs dissertação da faculdade de medicina da ufmg.

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