Perfil microbiológico dos pacientes nos primeiros trinta dias pós transplante de medula óssea do Serviço de Transplantes da Santa Casa de São Paulo
AUTOR(ES)
Naoum, Flávio A., Martins, Larissa T. V., Castro, Nelson S., Barros, José C., Chiattone, Carlos S.
FONTE
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002-04
RESUMO
As infecções bacterianas continuam sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade nos pacientes transplantados de medula óssea. O período de neutropenia, que compreende os primeiros trinta dias do tratamento, é o mais vulnerável em relação às infecções bacterianas. A melhora na cobertura antibiótica tem alterado a incidência e prevalência dos agentes bacterianos nas últimas décadas. O uso de culturas de vigilância é uma estratégia usada no sentido de identificar um agente capaz de ocasionar morbidade importante nesta fase do tratamento. Entretanto, sua utilização sistemática é criticada no sentido de sua baixa sensibilidade e especificidade. Os autores avaliaram as culturas de vigilância de 50 pacientes nos primeiros 30 dias de transplante do Serviço de Hematologia e Hemoterapia da Santa Casa de São Paulo. Os indivíduos do sexo masculino compreenderam 62% da amostra, sendo o transplante alogênico e de células tronco periférica 68% e 72% respectivamente. A faixa etária prevalente foi de 21 a 40 anos. A leucemia mielóide crônica foi a indicação mais freqüente de transplante. Os agentes Gram positivos foram isolados em 64% das culturas. O local de prevalência de culturas por bactérias Gram positivas ocorreu em pele, região nasal e de inserção de cateter e Gram negativos em região perianal. A avaliação retrospectiva não mostrou relação das culturas de vigilância com a alteração do esquema antibiótico ou à presença de hemoculturas positivas no período.
ASSUNTO(S)
transplante de medula óssea culturas de vigilância infecção
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