Perfil epidemiolÃgico da hasenÃase na infÃncia no perÃodo de 1996 a 2006 na 21 cÃlula regional de saÃde do Estado do Cearà / Hansenâs disease epidemiological profile, between 1996 and 2006, in the 21 Regional Health Cell, state of CearÃ.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/10/2008

RESUMO

HansenÃase, no CearÃ, tem uma tendÃncia de expansÃo na faixa etÃria menor de quinze anos. O estado possui doze municÃpios considerados prioritÃrios para o MinistÃrio da SaÃde pelo nÃmero de casos em crianÃas. O objetivo deste trabalho à avaliar o perfil da hansenÃase em menores de quinze anos, atravÃs de indicadores epidemiolÃgicos e operacionais, no perÃodo de 1996 a 2006 numa regiÃo considerada endÃmica. A 21 CERES engloba seis municÃpios: Juazeiro do Norte, Jardim, MissÃo Velha, Grangeiro, Barbalha e CaririaÃu. O primeiro deles incluÃdo como prioridade para o MinistÃrio da SaÃde. Material e MÃtodos: Trata-se de estudo transversal de natureza descritiva, realizado a partir das fichas de notificaÃÃo (SINAN),no perÃodo de 10anos. Foi criado um roteiro e preenchido com informaÃÃes relacionadas ao nÃmero de casos, sexo, idade, classificaÃÃo clÃnica e operacional, avaliaÃÃo de incapacidades na notificaÃÃo e cura, tipos de alta, modo de diagnÃstico, prevalÃncia, detecÃÃo e municÃpio de origem. Os resultados foram transformados em percentuais. Resultados: Foram encontrados 3.135 pacientes, destes 198 (6,3%) eram menores de quinze anos. Predominou: o sexo masculino (56%); a faixa etÃria entre 10 e 14 anos (75%); a forma paucibacilar (75%); a classificaÃÃo Indeterminada(39%); a avaliaÃÃo de incapacidades com grau 0 na notificaÃÃo e cura, embora tenha casos com grau I (13%) e II (3%); a alta por cura (88%); o modo de diagnÃstico por demanda espontÃnea (59%); a detecÃÃo variou entre 2,71 a 0, 89 (hiperendÃmica à endemicidade alta). A prevalÃncia passou de 12,89 a 5,07 (muito alta a alta) e o municÃpio de Juazeiro do Norte teve maior nÃmero de casos (87%). A cidade de Granjeiro nÃo teve registro de nenhum caso durante os dez anos avaliados na pesquisa. ConclusÃo: Conclui-se que as atividades realizadas no programa de hansenÃase, incluindo a descentralizaÃÃo para AssistÃncia BÃsica de SaÃde (Programa de SaÃde da FamÃlia), nesta CERES, ocorrida em novembro de 2000, ainda nÃo estÃo sendo efetivas. A existÃncia de menores de quinze anos multibacilares, a diminuiÃÃo progressiva do nÃmero de casos, crianÃas com grau II de incapacidades, o maior nÃmero de diagnÃsticos realizados por demanda espontÃnea e municÃpio ainda silencioso, mesmo apÃs capacitaÃÃes na Ãrea mÃdica e campanhas educativas comprovam este fato. Entretanto, a descentralizaÃÃo por si sà nÃo garante a mudanÃa no padrÃo de atenÃÃo à saÃde. SÃo necessÃrias aÃÃes conjuntas do serviÃo pÃblico e profissionais, principalmente da Ãrea de saÃde e educaÃÃo, para o controle da doenÃa tornar-se realidade.

ASSUNTO(S)

saude publica hansenÃase prioridades em saÃde crianÃas

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