Perfil de segurança dos stents farmacológicos nas síndromes coronárias agudas: dados do Registro INCOR

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

FUNDAMENTOS: Os stents farmacológicos constituem um grande avanço no tratamento da doença coronária. No entanto, seu emprego nas síndromes coronárias agudas tem sido objeto de intensa discussão científica. MÉTODO: Entre maio de 2002 e setembro de 2006, 910 pacientes consecutivos foram tratados com implante de pelo menos um stent farmacológico e incluídos na presente análise. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo estável (635 portadores de angina estável) e grupo agudo (275 pacientes com síndrome coronária aguda sem supra de ST). Analisamos as características clínicas e angiográficas e a ocorrência tardia de eventos adversos. RESULTADOS: As características clínicas foram semelhantes, exceto pela maior freqüência de tabagistas nos instáveis e de intervenção percutânea prévia nos estáveis. Após 588 dias (mediana do seguimento), os grupos, estável e agudo, tiveram índices semelhantes de reinfarto (2,8% vs. 5,0%; p = 0,1), revascularização do vaso-alvo (6,0% vs. 7,7%; p = 0,4), óbito (4,5% vs. 6,5%; p = 0,2) e eventos cardíacos maiores combinados (9,9% vs. 11,9%; p = 0,4), respectivamente. No entanto, a ocorrência de trombose foi significativamente mais freqüente nos pacientes com quadros coronários agudos (1,4% vs. 4,4%; p = 0,02), principalmente pela ocorrência de trombose ao longo do primeiro ano após implante (1,1% vs. 4,4%; p = 0,01). CONCLUSÃO: Os stents farmacológicos demonstraram bom perfil de segurança nos pacientes com síndromes coronárias agudas em relação àqueles portadores de quadros clínicos estáveis, apesar da maior ocorrência de trombose tardia do stent.

ASSUNTO(S)

stents farmacológicos síndrome coronariana aguda trombose

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