Perfil das alterações vasculares periféricas em dependentes de crack acompanhados em Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPS-AD)

AUTOR(ES)
FONTE

J. vasc. bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-06

RESUMO

Resumo Contexto O consumo de crack é um dos grandes desafios em saúde pública, e o uso dessa droga tem efeitos diretos na saúde de seus usuários. Objetivos Avaliar o perfil das alterações vasculares em pacientes com dependência de crack em Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPS-AD) e observar os possíveis efeitos vasculares periféricos. Métodos Trata-se de um estudo observacional, descritivo, de corte transversal. Os pacientes da amostra foram submetidos a um questionário objetivo para avaliar questões demográficas, padrão de uso da droga, coexistência de diabetes melito, hipertensão arterial ou tabagismo, exame físico e ecográfico. Os dados foram sumarizados e analisados estatisticamente com teste qui-quadrado ou teste exato de Fisher. Resultados A média de idade da amostra foi de 33,29 (±7,15) anos, e 74% eram do gênero masculino. A média de idade de início de uso da droga foi de 23,4 (±7,78) anos, com tempo médio de uso de 9,58 (±5,64) anos. O consumo médio diário de pedras de crack foi de 21,45 (±8,32) pedras. A alteração de pulsos em membros inferiores foi mais frequente em mulheres. A prevalência do espessamento da parede arterial nos membros inferiores foi de 94,8%. O tempo de uso da droga apresentou associação estatística (p = 0,0096) com alteração do padrão de curva espectral das artérias dos membros inferiores. Conclusões Há alterações vasculares periféricas em usuários de crack. O tempo de uso da droga exerceu um maior impacto nesse sistema, o que sugere associação entre o uso do crack e a diminuição de fluxo arterial.

ASSUNTO(S)

crack doença arterial periférica abuso de drogas

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