Perfil da intervenção coronária percutânea no infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST no Brasil de 2006 a 2010: registro CENIC
AUTOR(ES)
Matte, Bruno da Silva, Bergoli, Luiz Carlos Corsetti, Balvedi, Julise Arpini, Zago, Alexandre do Canto
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-06
RESUMO
INTRODUÇÃO: O infarto agudo do miocárdio (IAM) persiste como importante causa de morbidade e mortalidade. Este estudo visa a delinear o panorama nacional da intervenção coronária percutânea (ICP) no cenário do IAM, analisando diferentes períodos e regiões do Brasil, com enfoque na ICP primária e nos tratamentos adjuntos farmacológicos e mecânicos. MÉTODOS: Foram analisados dados de 20.004 pacientes com diagnóstico de IAM com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) e submetidos a ICP, provenientes do Registro CENIC (Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares), de janeiro de 2006 a dezembro de 2010. Esses dados são oriundos de 252 centros localizados em 22 Estados das cinco regiões do País. RESULTADOS: A ICP primária correspondeu a 57,8% das ICPs realizadas no contexto do IAM, seguida de ICP eletiva pós-IAMCSST (35,7%), ICP de resgate (6,1%) e ICP facilitada (0,4%). A evolução ao longo dos anos evidencia aumento progressivo do número de ICPs primárias no Brasil, partindo de 56,7% do total em 2006 para 71,6% em 2010. O tempo médio porta-balão da ICP primária no Brasil nesse período foi de 2 horas. A aspiração de trombos aumentou de 0,4% em 2006 para 8,2% dos casos em 2010. A taxa média de sucesso do procedimento foi de 93,8%, enquanto a de óbito hospitalar foi de apenas 2,8%. CONCLUSÕES: A ICP no cenário do IAMCSST vem apresentando avanços de 2006 a 2010, embora de maneira heterogênea nas diferentes regiões do Brasil, mediante aumento das taxas de ICP primária e maior utilização de dispositivos de aspiração de trombo, os quais ainda não foram incorporados na rotina. Investimentos em recursos humanos e implementação de protocolos de atendimento constituem elementos essenciais para a otimização do tempo porta-balão e para a melhora dos resultados clínicos.
ASSUNTO(S)
infarto do miocárdio angioplastia stents sistema de registros protocolos clínicos
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