Perda auditiva em crianças com HIV/AIDS

AUTOR(ES)
FONTE

CoDAS

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/12/2013

RESUMO

OBJETIVO: Investigar a ocorrência de perda auditiva em crianças com HIV/AIDS e verificar sua associação com a carga viral, as doenças oportunistas e o tratamento antirretroviral instituído. MÉTODOS: Estudo descritivo, transversal, realizado em 23 crianças com HIV/AIDS de dois serviços especializados de João Pessoa (PB). Seus responsáveis responderam a um questionário, contendo dados sobre a situação clínica e a saúde auditiva das crianças, sendo estas submetidas a avaliação audiológica. Foram respeitadas as orientações para pesquisa em seres humanos contidas na Resolução CNE Nº 196/1996. Os achados foram analisados a partir da estatística descritiva. RESULTADOS: Observou-se que a lamivudina (3TC) foi o antirretroviral mais utilizado em 17 (94,4%) pacientes, seguido do Kaletra (KAL), administrado em 14 (77,8%) pacientes, do d4T em 11 (61,1%) e da zidovudina (AZT) em sete (38,9%). A otite foi a doença oportunista de maior frequência com 11 (61,1%) registros. No exame audiométrico, observou-se 39 (84,8%) orelhas com perda auditiva e sete (15,2%) normais. Na imitanciometria, encontrou-se cinco (10,9%) orelhas normais, caracterizadas por curvas timpanométrica tipo A. As demais 41 (89,1%), mostraram-se alteradas com predominância na curva do tipo B em 67,4% dos casos. CONCLUSÃO: Houve alterações auditivas nas crianças com HIV/AIDS analisadas neste estudo, sendo as perdas auditivas discretas as de maior ocorrência. Foi verificada associação significativa com o uso da terapia antirretroviral e com a otite. Desta forma, percebe-se a importância do monitoramento auditivo e da intervenção o mais cedo possível, favorecendo um desenvolvimento linguístico adequado e reduzindo possíveis dificuldades de aprendizagem e de inclusão social.

ASSUNTO(S)

perda auditiva terapia antirretroviral de alta atividade síndrome de imunodeficiência adquirida otite audição

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