Percepção do paciente sobre a anestesia e o anestesiologista antes e depois do procedimento cirúrgico
AUTOR(ES)
Leite, Fernanda, Silva, Leopoldo Muniz da, Biancolin, Sckarlet Ernandes, Dias, Adriano, Castiglia, Yara Marcondes Machado
FONTE
Sao Paulo Medical Journal
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO: A relação anestesiologista-paciente é estabelecida no pré-operatório e intraoperatório, oportunidades que proporcionam informações corretas sobre anestesia/anestesiologista, melhorando seus resultados. O objetivo foi avaliar a percepção dos pacientes sobre o anestesiologista antes da anestesia e se os cuidados anestésicos poderiam mudar essa percepção. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo prospectivo transversal com dados em 2007-2008, em hospital universitário terciário. MÉTODOS: Foram entrevistados 518 pacientes com 16 anos ou mais antes e depois da exposição à anestesia. Um questionário determinou as características do paciente e da percepção da anestesia/anestesiologista. RESULTADOS: Os pacientes tinham entre 16 e 89 anos e 59,8% possuíam ensino fundamental, 79,1% responderam que o anestesiologista é um médico especializado. O papel do anestesiologista foi associado à perda de consciência (35,5% pré-anestesia, 43,5% pós-anestesia), alívio de dor (29,7% pré-anestesia, 31,7% pós-anestesia), monitorização dos sinais vitais (17,6% pré-anestesia, 35% pós-anestesia; P < 0,05), e administração de medicamentos (10,8% pré-anestesia, 43,9% pós-anestesia; P < 0,05). O nível de confiança no médico foi considerado alto (82,2% e 89,8% no pré e pós-anestesia, respectivamente, P < 0,05) ou intermediário (5,8% e 6,6% no pré e pós-anestesia, respectivamente, P < 0,05). A assistência prestada pelo anestesiologista foi classificada como: elucidativa (52,8%), encorajadora (52,6%), indiferente (10,2%) e displicente (0,8%). CONCLUSÃO: A percepção sobre o papel do anestesiologista foi satisfatória, mas as melhorias nessa relação ainda são necessárias para se conseguirem melhores resultados. O atendimento anestésico foi importante para a informação, confiança e segurança do paciente sobre essa percepção. O anestesiologista não deve perder oportunidades de exercer excelentes cuidados profissionais para os pacientes, melhorando os resultados de sua anestesia e sua imagem.
ASSUNTO(S)
anestesia Ética cirurgia geral recursos humanos assistência perioperatória
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