Percepção de risco de campos elétricos e magnéticos: efeitos do estresse e outros aspectos psicológicos

AUTOR(ES)
FONTE

Estud. psicol. (Campinas)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

O estudo teve como objetivo investigar a percepção de risco relacionada a campos eletromagnéticos de baixa frequência na população brasileira. Participaram seiscentos adultos, sendo metade constituída por habitantes de cidades grandes e a outra metade por habitantes de cidades pequenas. Um breve questionário foi utilizado para avaliar: (1) percepção de risco associada aos campos eletromagnéticos; (2) confiança no governo para proteger o povo do risco de exposição; (3) nível de conforto emocional frente à exposição às linhas de transmissão elétrica; (4) medidas percebidas como capazes de reduzir desconforto emocional; e (5) confiança nas concessionárias. Adicionalmente, foi aplicado o Inventário de Sintomas de Stress de Lipp, com o intuito de identificar o nível de estresse dos respondentes. Os dados indicaram que a maioria dos participantes (51,59%) deste estudo não confia que o governo tome as medidas necessárias para controlar os riscos; 28,05% não confiam nas concessionárias quanto ao controle de exposição excessiva; 33,0% sentem que não há um controle adequado do risco; e 17,00% pensam que a instalação de linhas de transmissão é excessiva, devendo-se parar com sua colocação. Os dados mostram a necessidade de se implementar um programa de educação quanto aos riscos reais, que leve em consideração o modo de pensar e sentir do povo brasileiro, antes de se instalar novas linhas de transmissão. A falta de comunicação pode levar o povo a rejeitar a instalação de linhas de transmissão necessárias e criar um medo desproporcional quanto a este assunto.

ASSUNTO(S)

campos eletromagnéticos percepção de risco estresse

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