Percepção de professores sobre epilepsia

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-06

RESUMO

OBJETIVO: Identificar atitudes e percepção dos professores do ensino fundamental a respeito da epilepsia, antes e depois de um curso específico sobre o tema. MÉTODO: Participaram da pesquisa professores de nove escolas da rede pública do ensino fundamental de Barão Geraldo, distrito de Campinas, SP. Dois pesquisadores reuniram-se com os professores e apresentaram a Campanha Global "Epilepsia fora das sombras", momento também em que os questionários foram aplicados. Vinte professores ficaram motivados para fazer o curso de extensão "Temas transversais: epilepsia e saúde". Após este curso, os questionários foram re-aplicados. RESULTADOS: Foram aplicados 100 questionários em professores das nove escolas, sendo que: noventa e sete professores eram do sexo feminino, idade média de 42 (D.P. 22 a 63) e 64 estavam casados. Quarenta e três professores declararam possuir conhecimento sobre epilepsia abaixo da média e 20, disseram possuir um pobre conhecimento sobre a condição. No que diz respeito à idéias sobre epilepsia, os professores acham que: as crianças com epilepsia tem QI igual (45%), na média (18%), abaixo da média (6%) e não sabem opinar (29%); crianças com epilepsia têm maior chance de terem doença mental no futuro (51%); a epilepsia é uma doença (68%); a epilepsia é contagiosa (1%); a epilepsia é tratável (90%). Após o curso, crenças e mitos sobre epilepsia dos professores mostraram diferenças significativas. DISCUSSÃO: Idéias errôneas sobre epilepsia podem ser mudadas através de cursos educacionais sobre epilepsia. Este trabalho, realizado com professores do ensino fundamental, visou a identificação das dificuldades relacionadas à epilepsia para promover a redução do estigma. É importante que professores sejam melhor instruídos sobre a epilepsia para consequentemente, ter atitudes mais positivas em relação às crianças com epilepsia. Acreditamos que professores mais capacitados melhoram a maneira de lidar e de se relacionar com crianças com epilepsia, para a construção de uma comunidade bem informada e mais tolerante para lidar com as diferenças.

ASSUNTO(S)

epilepsia estigma escola professores

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