Percepção da dor e qualidade de vida na síndrome da boca ardente

AUTOR(ES)
FONTE

BrJP

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A síndrome de ardência bucal é um estado disfuncional que afeta o bem-estar físico, mental e social, contribuindo para condições de estresse crônico. Apesar da ausência de dados objetivos, os pacientes experimentam desconforto relacionado à dor com impacto na vida diária. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da síndrome da boca ardente na percepção da dor e na qualidade de vida. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, observacional e caso-controle em 76 indivíduos, 38 em cada grupo, pareados por gênero e idade. Foram utilizados o questionário Oral Health Impact Profile (OHIP-14) para avaliar mudanças na qualidade de vida, a escala analógica visual para o impacto e intensidade da dor e a Pain Catastrophizing Scale (PCS). Foi avaliado também o efeito do sexo, idade e outros fatores de risco associados à síndrome de ardência bucal. RESULTADOS: A idade dos participantes foi de 41 a 85 anos. A síndrome de ardência bucal teve um impacto negativo na qualidade de vida em todas as dimensões dos domínios OHIP-14 e PCS. Cinquenta e oito por cento dos pacientes se queixaram de dor moderada e 42% de dor intensa, enquanto os controles experimentaram apenas dor leve pela escala analógica visual. A prevalência foi predominante no sexo feminino (3:1), e a língua foi o local envolvido mais comum. Menopausa, alterações hormonais e gastrite foram os maiores fatores de risco. CONCLUSÃO: Os pacientes com síndrome de ardência bucal apresentaram escores PCS e OHIP-14 mais altos para todos os domínios, indicando uma interação entre maior carga de percepção da dor e pior qualidade de vida, o que deve ser mais bem avaliado, caracterizado e gerenciado.

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