Pensamento social, ciência e imagens do Brasil: tradições revisitadas pelos educadores brasileiros

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Educ.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2000-12

RESUMO

Este artigo analisa dois momentos decisivos no âmbito da história das idéias no Brasil. Imagens e sínteses do Brasil tornaram-se referências fundamentais na história da cultura brasileira, especialmente aquelas produzidas por uma "tradição realista", que vem desde o século XIX, por intermédio dos escritos do Visconde do Uruguai, e prossegue com Silvio Romero, com Alberto Torres, com Oliveira Vianna e com Alberto Guerreiro Ramos. Tais autores deram vida à imagem do Brasil cindido em dois brasis: o país legal e o país real. A partir de 1902, o marco fundamental dessa tradição passará a ser Euclides da Cunha, autor que projetou o sertão como "metáfora para a nação". Nos anos cinqüentas, ao redor de Anísio Teixeira, intelectuais como Antonio Candido, Florestan Fernandes, Luiz Pereira, Fernando de Azevedo e muitos antropólogos mergulharam novamente nas metáforas euclidianas e compuseram novas imagens sobre a cultura regional no Brasil que se modernizava.

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