Pelotas/RS e a concordância verbal de 3ª pessoa do plural
AUTOR(ES)
Welchen, Dirce
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
A proposta desta tese é analisar os fatores lingüísticos e sociais relacionados à variação na concordância verbal de 3ª pessoa do plural com base nas entrevistas dos 90 informantes que compõem o VarX – Banco de Dados Sociolingüísticos Variáveis por Classe Social de Pelotas/RS –, estratificados conforme gênero, classe social, faixa etária: 45 são do gênero masculino e 45 do feminino, 30 da classe social média alta, 30 da média baixa, e 30 da baixa; 30 da faixa etária entre 16 e 25 anos, 30 da faixa etária entre 26 e 49 anos e 30 da faixa etária com mais de 50 anos. Pretendemos, dessa forma, contribuir para a descrição da concordância verbal de 3ª pessoa do plural do português popular brasileiro. Para a análise dos dados, utilizamos metodologia quantitativa com base na interface Windows para o Varbrul e em formulário de codificação de dados. Na análise, discutimos a presença versus a ausência de concordância verbal de terceira pessoa do plural; e a concordância verbal padrão versus nãopadrão de terceira pessoa do plural. Os resultados mostram que, em Pelotas, há variação de concordância verbal de 3ª pessoa do plural, mas com predomínio do uso da marca, uma vez que existe presença de desinências verbais em 4.317 contextos (de um total de 5.263), perfazendo 82%, e em 945 contextos não ocorrem marcas de concordância, perfazendo 18%. Também, constatamos, com base na amostra em estudo, particularmente no resultado das variáveis sociais que há indícios de aquisição de concordância verbal de 3ª pessoa do plural, visto que há um aumento gradual de emprego de marcas de concordância, cuja direção é dos informantes mais velhos para os mais novos, sendo que os mais novos apresentam maiores percentuais e peso relativo de emprego de desinências verbais de 3ª pessoa do plural. No estudo da concordância verbal padrão versus não-padrão, analisamos a distribuição das formas padrão versus não-padrão, envolvendo tanto ausência de marca quanto formas alternantes de realização da marca, enfatizando as variáveis sociais. E observamos que, em Pelotas, há altos percentuais de emprego de formas padrão, em decorrência de aspectos sociais e culturais.
ASSUNTO(S)
lingüística aplicada verb agreement pelotas (rs) sociolingüística pelotas contexto social sociolinguistics língua portuguesa variation concordância verbal variação lingüística
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/21568Documentos Relacionados
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