PELES HABITÁVEIS DE ALMODÓVAR EM PERSPECTIVA: PROJEÇÕES (META)ESCALARES

AUTOR(ES)
FONTE

Ling. (dis)curso

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

Resumo Tendo como referência uma perspectiva performativa de linguagem (AUSTIN, 1962/1990), este artigo analisa uma videocrítica publicada no Youtube sobre o filme A pele que habito com o objetivo de identificar com que discursos orientadores seu autor se alinha, especialmente no que tange ao gênero. Recorre a teorizações queer para efetuar o embasamento teórico. A análise, um exercício metaescalar-reflexivo, abarca, além das noções de escalas (CARR; LEMPERT, 2016) e de indexicalidade (SILVERSTEIN, 2003), outros construtos teórico-analíticos: iconização, apagamento e recursividade fractal (IRVINE; GAL, 2000; GAL, 2016). Busca, assim, sinalizar como a obra de Almodóvar é perspectivizada e as estratégias semióticas que remetem a determinadas ideologias. O que se observa é que significados em disputa se entrelaçam no discurso do youtuber, que, apesar de falar de construção de gênero, fundamenta seu ponto de vista usando uma metalinguagem que evoca noções essencialistas e deterministas, indo de encontro àquelas mobilizadas no filme.

Documentos Relacionados