Pedro, escravo, “mandado pelo Altíssimo para absolver os pecados”: religiosidades, insurgências e autonomia escrava (Bahia, c.1790 a c.1830)
AUTOR(ES)
Costa, Alex Andrade
FONTE
Tempo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-08
RESUMO
Resumo: Este artigo parte do estudo sobre um culto religioso liderado por escravos e libertos que assumiram as identidades do Papa e de divindades católicas, para inseri-lo como uma das formas de resistência incitada pelo quadro econômico e social da Bahia, entre fins do século XVIII e início do século XIX, marcado pela pobreza de pequenos lavradores e uma forte presença africana centro-ocidental. Nesse sentido, o estudo analisa as correntes do tráfico atlântico para compreender os processos de mestiçagem e como podem ter impactado no entendimento do sagrado e nas ações reivindicatórias lideradas por escravizados. O culto do Santo Padre só pode ser compreendido em associação a outras formas de resistência, como o aquilombamento e a produção e comercialização de farinha sob o controle de escravizados, como evidências de uma ampla mobilização em torno da autonomia sobre suas vidas.
Documentos Relacionados
- Milicianos, barbeiros e traficantes numa irmandade católica de africanos minas e jejes (Bahia, 1770-1830)
- Dos escravos que partem para os portos do sul : características do tráfico negreiro do Rio Grande de São Pedro do Sul, c.1790-c.1825
- "Interações entre modelado e solo no transecto Espraiado, São Pedro, SP"
- PEDro, a Base de Dados de Evidência em Fisioterapia
- Pescadores da Barra do João Pedro, um estudo etnoarqueológico