Paulo Francis, do teatro à politica: "perdoa-me por me traíres"

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/06/2001

RESUMO

Esta dissertação analisa, dentro de um enfoque político, a atuação de um intelectual brasileiro, Paulo Francis, no final dos anos 50 e início dos 60, especificamente até o Golpe de 1964. Um intelectual que escrevia diariamente em um jornal da grande imprensa, o Última Hora. É feita inicialmente uma discussão sobre o que é um intelectual. Depois, mostram-se três momentos da atuação do intelectual Paulo Francis. No primeiro, apresenta-se o começo da sua carreira como jornalista que, como crítico teatral, ergueu um modelo cultural a ser seguido e por meio da crítica conseguiu influir com sucesso na mudança do panorama teatral brasileiro. Em um segundo momento, demonstra-se como, após o sucesso com a crítica teatral, Francis tentou aplicar o mesmo modelo à política, com resultados muito pouco satisfatórios para ele e para o Brasil. Aponta-se ainda o descaso deste intelectual com a defesa das liberdades democráticas, e a influência negativa de interesses econômicos-financeiros na linha do jornal Última Hora e, aparentemente, também na atuação de Paulo Francis. Por fim, busca-se apontar como Francis, ao construir uma memória desses anos 50/60, distorceu alguns fatos. Essa tentativa teria como finalidade amenizar, ou mesmo desvirtuar, o seu comportamento e de seus companheiros de esquerda, tentando criar um novo passado que os redimiria de seus erros e enganos. Com isso, ele acabou por ajudar na criação de um lugar de memória. 

ASSUNTO(S)

francis, paulo, 1930- história teses. imprensa e politica brasil 1950-1960 teses.

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