Patologia de cães naturalmente coinfectados por Leishmania infantum e Ehrlichia canis em Campo Grande, MS, Brasil
AUTOR(ES)
Andrade, Gisele Braziliano, Barreto, Wanessa Teixeira Gomes, Santos, Luciana Ladislau dos, Ribeiro, Laura Raquel Rios, Macedo, Gabriel Carvalho de, Sousa, Keyla Carstens Marques de, André, Marcos Rogério, Machado, Rosangela Zacarias, Herrera, Heitor Miraglia
FONTE
Rev. Bras. Parasitol. Vet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-12
RESUMO
A infecção simultânea por parasitas de diferentes espécies pode resultar em alterações imprevisíveis. O presente estudo avaliou a patologia de cães naturalmente coinfectados por Leishmania infantum e Ehrlichia canis. A saúde dos cães foi investigada pelas análises histopatológicas, hematológicas e bioquímicas de 21 cães infectados somente por L. infantum e 22 cães coinfectados por L. infantum e E. canis. Observou-se uma reação inflamatória crônica, predominantemente linfohistioplasmocítica, na pele dos dois grupos. A plasmocitose, encontrada nos tecidos linfóides, provavelmente estava relacionada com a hipergamaglobulinemia observada em todos os cães amostrados. A desorganização da matriz extracelular da derme da região inguinal e da orelha, demonstrada pela substituição das fibras de colágeno espessas por fibras finas, foi relacionada com o grau de reação inflamatória, independente da presença de parasitas. Ainda, observamos duas vezes mais animais do grupo coinfectado apresentando formas amastigotas na pele de orelha pela histopatologia comparado ao número de cães infectados apenas por Leishmania, tornando-os desta forma mais infectivos aos vetores. Nossos resultados ressaltam que a saúde de cães coinfectados estava severamente comprometida devido aos altos níveis de proteína plasmática total, globulinas, fosfatase alcalina, creatina quinase e anemia acentuada.
ASSUNTO(S)
leishmaniose canina erliquiose canina histopatologia infecções concomitantes
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