PASSAGES OF TESTIMONIOS IN LATIN AMERICA: CHE GUEVARA, RIGOBERTA MENCHÚ E NUNCA MÁS / PASSAGENS DE TESTEMUNHOS NA AMÉRICA LATINA: CHE GUEVARA, RIGOBERTA MENCHÚ E NUNCA MÁS

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Passagens de testemunhos na América Latina apresenta uma abordagem crítica da relação entre literatura e testemunho na América Latina a partir de um estudo comparativo de três obras: Me llamo Rigoberta Menchú de Elisabeth Burgos (Paris, 1983), Pasajes de una guerra revolucionária de Ernesto Che Guevara (La Havana, 1962) e Nunca más, o relatório da Conadep presidido por Ernesto Sábato (Buenos Aires, 1984). Em 1969, aparece em Cuba o conceito de testimonio latino-americano para definir a categoria de um prêmio literário. Rapidamente, este conceito vai identificar um vasto corpus de obras e o debate em torno delas. Uma pesquisa inédita do corpus dos vencedores do prêmio cubano desvenda a ausência de critério desta premiação. Mesmo assim, o livro de Rigoberta Menchú foi considerado o ícone do testimonio e o ponto de partida de um amplo debate internacional sobre os cânones da literatura ocidental. Mas a sua narrativa só representa um tipo peculiar de testemunho: a biografia metonímica. O debate em torno do testimonio negligenciou a importância da literatura de guerrilha inspirada em Che Guevara e da discussão testemunhal pós-ditadura. A partir da comparação das três obras, apresenta-se uma hipótese: não existe um gênero testemunhal, mas vários dispositivos que identificam certas narrativas como sendo testemunhais. Este conceito de dispositivo, que vem de Foucault e Agamben, nos ajuda a abrir uma discussão sobre a relação entre testemunho, história, biografia e realismo.

ASSUNTO(S)

direitos humanos human rights literatura literature biografia biography testemunho testimony

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