Parto diferido emg ravidez gemelar bicoriônica: Um caso com 154 dias de latência

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Ginecol. Obstet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-01

RESUMO

Resumo O parto pré-termo espontâneo complica frequentemente as gestações multifetais, condicionando elevada morbimortalidade perinatal. Em determinados casos, o nascimento prematuro do primeiro feto pode não requerer o nascimento do(s) feto(s) restante(s), que podem permanecer in utero, com o objetivo de diminuir a morbidade e mortalidade neonatal. Atualmente, não existe consenso quanto à melhor atitude clínica nas situações de parto diferido. Descrevemos um caso de parto diferido de gravidez bicoriônica vigiado no nosso centro. Neste caso, a realização de cerclagem, a terapêutica tocolítica e a administração de antibioticoterapia de largo espectro permitiu o parto às 37 semanas do segundo gêmeo, o que corresponde a 154 dias de latência, que, segundo o nosso conhecimento, é o intervalo de diferimento mais longo descrito na literatura. A tentativa de diferir o parto do segundo feto na periviabilidade é uma opção que deve ser oferecida aos progenitores, após aconselhamento e desde que se cumpram os critérios clínicos de elegibilidade. A seleção correta das candidatas, em conjunto com a realização de corretos procedimentos, monitorização fetal e materna e identificação precoce de complicações aumentam a possibilidade de sucesso deste tipo de parto.

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