Partilha de hÃbitat entre peixes territorialistas nos Recifes de Tamandarà â PE

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A influÃncia do hÃbitat na distribuiÃÃo e abundÃncia de juvenis e adultos de Stegastes fuscus, S. variabilis, Microspathodon chrysurus e indivÃduos de Ophioblennius trinitatis, Labrisomus nuchippinis, Malacoctenus sp1 e M. delalandei, foi investigada em quatro tipos de topos recifais definidos de acordo com rugosidade e cobertura de algas: topo liso e topo com rugosidade mÃdia, ambos com cobertura dominada por Halimeda, Dictyota e Gellidiela; topo rugoso dominado por algas filamentosas e topo rugoso dominado por tapete de Amphiroa. Os censos dos peixes e a estimativa da densidade do ouriÃo Echinometra lucunter foram realizados atravÃs da metodologia do transecto de faixa, enquanto a cobertura do substrato foi determinada pela metodologia de interseÃÃo de pontos e a rugosidade atravÃs do transecto de corrente. A distribuiÃÃo de adultos das espÃcies de Stegastes mostrou que ambas possuem preferÃncia por topos com rugosidade maior, que apresentam maior disponibilidade de abrigo. S. fuscus foi a espÃcie dominante nos topos rugosos independente da cobertura de algas, apresentando a densidade positivamente correlacionada a rugosidade. Juvenis de S. fuscus ocorreram em todos os tipos de topo, nÃo ocorrendo diferenÃas significativas na densidade. Juvenis de S. variabilis assentaram em todos os topos recifais, mas foram significativamente menos abundantes em topos dominados por adultos de S. fuscus. Adultos de S. variabilis ocorreram somente em topos lisos e com rugosidade mÃdia, com maior abundÃncia nesse Ãltimo, e foi ausente nos topos dominados por S. fuscus, indicando migraÃÃo ontogenÃtica de juvenis ou processos pÃs-recrutamento, como competiÃÃo. Houve correlaÃÃo negativa entre as densidades de adultos das espÃcies de Stegastes, indicando um possÃvel efeito de exclusÃo. A densidade do ouriÃo E. lucunter foi maior nos topos com cobertura de algas filamentosas. Nessas Ãreas a abundÃncia de S. fuscus esteve inversamente correlacionada à densidade de E. lucunter, indicando competiÃÃo por herbivoria. Apesar de adultos de M. chrysurus ocorrerem em topos dominados pelo tapete de Amphiroa, eles foram encontrados principalmente naqueles dominados por algas filamentosas, onde juvenis estiveram restritos a colÃnias do hidrocoral Millepora alcicornis. A espÃcie O. trinitatis ocorreu preferencialmente no topo rugoso com algas filamentosas. A preferÃncia pelo topo rugoso mÃdio com maior diversidade de espÃcies de algas pela espÃcie crÃptica L. nuchippinis pode ser devido a maior proteÃÃo, abrigo e alimento disponibilizados por este topo. As espÃcies Malacoctenus sp1 e M. delalandei aparentemente nÃo apresentaram preferÃncia por tipo de topo, entretanto, isso pode ter relaÃÃo com a metodologia utilizada. A rugosidade e composiÃÃo do substrato foram determinantes na distribuiÃÃo dos peixes territorialistas, porÃm, processos pÃsassentamento tambÃm exercem papel importante na estruturaÃÃo dessas comunidades

ASSUNTO(S)

peixes crÃpticos territorialism criptic fishes habitat partitioning partilha de habitat pomacentridae peixes recifais coral reef fishes oceanografia territorialismo pomacentridae

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