Parcerias público-privadas na gestão dos serviços turísticos em parques nacionais: possibilidades para o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães-MT

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Concomitantemente ao crescimento do turismo que tem se apresentado como uma atividade de relevante importância para a economia mundial, o ecoturismo tem crescido em ritmo acelerado, alcançando taxas anuais expressivas. Fato que reflete a atual tendência da demanda turística em optar por ambientes naturais mais preservados. Neste sentido, as Unidades de Conservação, em especial os Parques Nacionais aparecem como lugares ideais a essa prática, porém torna-se um desafio compatibilizar a conservação com a visitação, principalmente, se considerarmos os recursos humanos e financeiros exíguos com que os órgãos públicos contam para gerir essas áreas. Dentro desta perspectiva se faz necessário identificar estratégias de operação alternativas, que permitam a entrada de novos recursos e conseqüentemente a realização das intervenções necessárias ao uso público adequado, contribuindo para o ordenamento e a otimização do uso dos atrativos e da capacidade instalada e construção de novas estruturas que permitam o aumento na qualidade da experiência do visitante, gerando divisas destinadas a conservação e manutenção dessas áreas. Sendo assim, a inserção da iniciativa privada na gestão dos serviços turísticos nos Parques Nacionais pode configurar-se como uma ferramenta ao alcance da compatibilidade entre a visitação e a conservação. Neste sentido, este estudo buscou compreender os aspectos que envolvem o repasse de serviços públicos à iniciativa privada, bem como, entender como está esse processo nos Parques Nacionais brasileiros, traçando um panorama a partir da aplicação de questionários à administração dos Parques que apresentam algum tipo de parceria. Esse panorama buscou contribuir na verificação de possibilidades de implementação de parcerias público-privadas para a gestão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Parque Mato-grossense, que sofre desde a sua criação com o uso-público desordenado e a falta de infra-estrutura. Buscou-se então compreender a atual situação do Parque, a partir de entrevistas com a administração, observações in loco, análise de fotografias e documentos envolvendo a gestão, a situação em que se encontram os atrativos turísticos, as formas de visitação, a infra-estrutura disponível a fiscalização e organização do Parque. A partir dessas análises foi possível visualizar possibilidades de inserção da iniciativa privada no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Os resultados deste trabalho poderão servir de linha norteadora à administração da Unidade na construção de uma nova forma de gerir o Parque, seja no uso turístico, quanto na conservação dos atributos naturais da Unidade. Pois a vinculação da iniciativa privada poderá permitir que especialistas cuidem do turismo e a administração (IBAMA) se responsabilize pelo que é de sua alçada, a conservação do meio ambiente

ASSUNTO(S)

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