Parâmetros clínicos, epidemiológicos e nutricionais de recém-nascidos prematuros atendidos em uma unidade de terapia intensiva neonatal no município de Viçosa-MG / Clinical, epidemiological and nutritional parameters of preterm infants cared in a neonatal intensive care unit in Viçosa-MG

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/12/2011

RESUMO

A prematuridade é um problema de saúde pública gerando altos custos sociais e econômicos. Em estudo retrospectivo de dados secundários avaliaram-se 293 prematuros admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital São Sebastião, em Viçosa, Minas Gerais, no triênio 2008-2010. Avaliaram-se características maternas e dos prematuros e analisaram-se os desfechos óbito, sepse neonatal tardia e desnutrição com 36 semanas de idade corrigida. Empregaram-se os testes de Mann-Whitney para as variáveis quantitativas e os testes do Qui-quadrado de Pearson, exato de Fisher ou Quiquadrado de tendência linear para variáveis qualitativas. Obtiveram-se as razões de prevalências por meio da regressão de Poisson. Considerou-se significante p<0,05. Houve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Predominaram mães provenientes de outros municípios e 39,2% receberam corticoide antenatal. As doenças hipertensivas e as infecções foram as doenças maternas mais prevalentes. Os prematuros moderados compreenderam a maioria da população e suas morbidades estiveram em consonância com outro estudos. As taxas de aleitamento materno à alta, e de realização de ultrassonografia transfontanelar e ecodopplercardiograma aumentaram no último ano e reduziram as ocorrências de sepse neonatal tardia e de displasia broncopulmonar. Os óbitos se concentraram no período neonatal precoce, apesar da taxa de sobrevida comparável a outros estudos e se associaram ao insuficiente uso do corticoide antenatal, à prematuridade extrema, às piores condições de nascimento, ao fato de nascer pequeno para a idade gestacional e a algumas morbidades (doença de membrana hialina, persistência do canal arterial, enterocolite necrosante e sepse neonatal tardia). A sepse neonatal tardia foi mais prevalente na presença de infecções maternas e de tempo de cateter central de inserção periférica igual ou superior a 11 dias, bem como se associou à maior chance de óbito e à prorrogação do tempo de hospitalização. A restrição do crescimento extrauterino se apresentou em 29,3% dos prematuros e se associou ao fato de nascer pequeno para a idade gestacional.

ASSUNTO(S)

mortalidade neonatal terapia intensiva neonatal assistência perinatal aleitamento materno crescimento pós natal desnutrição prematuridade nutricao perinatal care breastfeeding prematurity neonatal intensive care unit neonatal mortality innutrition postnatal growth

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