Parâmetros bioquímicos indicadores da qualidade do ar das espécies Liconia tomentosa (benth.) e Bauhinia forficata (link.) no biomonitoramento na região da grande Vitória, ESBrasil

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Foram analisados parâmetros bioindicadores como pH, ácido ascórbico, capacidade de tamponamento, atividade de peroxidase, clorofilas A, B e β-caroteno, a fim de relacionar o nível de estresse de 02 espécies arbóreas com as concentração ambientais de ozônio troposférico na região da Grande Vitória (RGV). As espécies estudadas foram Licania tomentosa (Benth.) e Bauhínia forficata (Link.). Compararam-se as concentrações dos parâmetros bioindicadores nas folhas das espécies entre bairros com consideráveis índices de poluição (Enseada do Suá, Laranjeiras, Ibes) e a Reserva Ecológica de Duas Bocas, considerada como região livre da carga de poluentes. Para a RGV os valores máximos de ozônio (O3) para o período de exposição de 4 horas são de 140 μg/m3, e estão acima dos valores mínimos propostos por Stern et al (1984) que causam injúrias às espécies vegetais como legumes, orquídeas e tabaco (59 μg/m3). Foram realizadas 3 campanhas de análises bioquímicas (Outubro/Novembro/2003, Dezembro/2004 e Agosto/2005), onde foi possível verificar a influência anual e sazonal das estações do ano e do ozônio nos parâmetros bioquímicos. Dez metodologias diferentes para o cálculo da concentração de ozônio foram implementadas (média diária, média diária entre 7:30h e 18:30h, média diária entre 9:30h e 16:30h, média móvel para 4 horas de exposição, média mensal da média diária, média mensal da máxima diária, SUM-0, AOT-40 e SUM-60, além da média horária). Estas metodologias podem melhorar as respostas sobre o impacto do ozônio nas alterações bioquímicas dos vegetais. Além disso, foi verificada a influência do solo dos locais em estudo, realizando uma análise de nutrientes de solo em Dezembro/2003. Parâmetros bioindicadores como pH, BCI, ácido ascórbico, atividade de peroxidase e clorofilas totais na espécie Licania tomentosa e; pH, BCI, ácido ascórbico, clorofila total e β-caroteno na espécie Bauhínia forficata, constituem potenciais indicadores de estresse causado pela poluição do ar, especialmente por ozônio. As médias móveis para 4 horas de exposição e o AOT-40 se relacionaram bem como algumas alterações bioquímicas nas espécies. Ambas as espécies têm apresentado sensibilidade à poluição atmosférica, através de alterações observadas em diferentes parâmetros bioquímicos para diferentes concentrações de ozônio.

ASSUNTO(S)

biomonitoramento ozônio parâmetro bioquímicos poluição atmosférica qualidade do ar qualidade do ar, das aguas e do solo

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