Paralisia cerebral hemiplégica e trombofilias geneticamente determinadas

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Realizar uma análise detalhada relativa ao papel das trombofilias geneticamente determinadas como fatores predisponentes ao aparecimento de paralisia cerebral hemiplégica relacionada a acidente vascular cerebral isquêmico, abordando os principais aspectos conceituais, epidemiológicos e fisiopatológicos. O levantamento de artigos sobre o tema foi pesquisado nas bases de dados Medline, Lilacs, Embase, Cinahl e Cochrane, com palavras-chave acidente vascular cerebral, antitrombina, fator V Leiden, hemiplegia, infarto cerebral, paralisia cerebral, paralisia cerebral hemiplégica, proteína C, proteína S, protrombina, protrombótico, trombofilia, trombose e tromboembolismo. Os limites utilizados foram a faixa etária até 18 anos e o período compreendido entre 1998 e 2008. Não houve restrição por idioma de publicação. A paralisia cerebral hemiplégica é uma causa frequente de incapacidade física na criança. Nos últimos anos, o acidente vascular cerebral isquêmico tem emergido entre as principais causas; porém, pouco se c hece sobre os fatores etiológicos envolvidos, suas interações, seus mecanismos fisiopatológicos e sua evolução. Trombofilias geneticamente determinadas são estados de hipercoagulabilidade herdados, que contribuem como possíveis condições predisponentes ao aparecimento desse grave evento com consequente dano cerebral. O acidente vascular cerebral isquêmico é uma importante causa de paralisia cerebral hemiplégica. Apresenta elevada morbi-mortalidade e forte impacto psicossocial nas crianças afetadas e suas famílias. Sua etiologia é multifatorial, e muitos fatores de risco ainda se encontram indefinidos, com consequente risco de recorrência. Até o presente momento, as pesquisas revelam que as trombofilias geneticamente determinadas têm importância fisiopatológica para o acidente vascular cerebral isquêmico e, consequentemente, a paralisia cerebral hemiplégica. Essa afirmação, porém, não é inequívoca, uma vez que outros trabalhos não conseguiram comprovar os mesmos achados. Resistência à proteína C ativada - fator V Leiden, deficiência de proteína C e mutação no gene do fator II G20210A têm a princípio maior relevância na faixa etária pediátrica, com estudos divergentes na vida adulta. Novas pesquisas nessa área se fazem necessárias objetivando elucidar o real papel das trombofilias como fatores predisponentes para acidente vascular cerebral isquêmico. A partir disso, poderemos traçar medidas preventivas e terapêuticas, além de adequada orientação e aconselhamento genético.

ASSUNTO(S)

paralisia cerebral decs trombofilia/epidemiologia decs hemiplegia decs mortalidade decs trombofilia teses. dissertações acadêmicas decs dissertação da faculdade de medicina da ufmg. acidente cerebrovascular decs trombofilia/fisiopatologia decs criança decs

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