Paralisia bilateral do nervo troclear por vasculite cerebral relacionada à infecção por COVID-19

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-06

RESUMO

RESUMO Introdução: Indivíduos com enxaqueca geralmente se queixam de menor desempenho de memória. Métodos de diagnóstico como a neuroimagem podem auxiliar no entendimento de possíveis alterações morfológicas e funcionais relacionadas à memória desses indivíduos. Portanto, o objetivo desta revisão é analisar a literatura disponível sobre alterações de neuroimagem relacionadas a alterações de memória na enxaqueca. Métodos: Pesquisou-se nas seguintes bases de dados: PubMed/MEDLINE, Psycinfo, Science Direct, Cochrane e Web of Science. Foram utilizados artigos sem restrição de ano de publicação. A combinação dos descritores utilizados para esta revisão sistemática da literatura foram Neuroimaging OR Imaging OR Brain AND Migraine OR Chronic Migraine AND Memory. Resultados: Dos 306 artigos encontrados, nove foram selecionados e todos utilizaram ressonância magnética (RM). Os estudos utilizaram as técnicas de RM estrutural e funcional com predomínio de equipamentos de 3 Tesla e imagens ponderadas em T1. De acordo com os resultados obtidos nos estudos, a enxaqueca alteraria a atividade de estruturas relacionadas à memória, como o hipocampo, a ínsula e os córtices frontal, parietal e temporal, sugerindo um possível mecanismo pelo qual a enxaqueca influenciaria a memória, especialmente em relação à memória da dor. Conclusões: A enxaqueca está associada à disfunção global da integração multissensorial e processamento de memória. Essa condição altera a atividade de estruturas em várias regiões relacionadas à memória da dor, à memória prospectiva, bem como às memórias verbais e visuais-espaciais de curto e longo prazo. No entanto, é necessário realizar estudos com amostras maiores em associação com testes cognitivos, e sem a interferência de medicamentos para verificar possíveis alterações e tecer conclusões mais concretas.

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