Paradoxos da modernidade : a crença em bruxas e bruxarias em Porto Alegre

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O presente estudo consiste numa análise etnográfica e comparativa entre os sistemas de crenças e práticas da bruxaria tradicional e moderna existentes em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a primeira sendo restrita aos habitantes da Ilha da Pintada e a segunda transitando, sobretudo entre jovens das camadas médias da cidade. Aparentemente, a bruxaria tradicional vinculada às práticas do catolicismo popular tradicional é o oposto da bruxaria moderna ou neopagã. Ao invés de um Deus transcendente, a última cultua uma Deusa imanente, que está presente em todos os seres da natureza. Além disso, as bruxas modernas de Porto Alegre dizem trabalhar somente “para o bem”, enquanto as bruxas tradicionais da Ilha da Pintada estariam ligadas a práticas de malefícios e mesmo ao embruxamento de crianças. Porém, as correspondências começam a existir quando observamos uma outra personagem das narrativas de bruxas e bruxarias na Ilha, ou seja, as benzedeiras. Elas são as praticantes da “boa magia”, agindo no combate às ações de bruxaria, na comunidade. Benzedeiras e bruxas modernas valem-se de um mesmo símbolo de proteção, o pentagrama ou Símbolo de Salomão. A partir desta primeira analogia, outras serão observadas ao contrastarmos esses dois universos simbólicos.

ASSUNTO(S)

porto alegre traditional witchcraft bruxaria religiosidade modern witchcraft popular traditional catholicism cultura popular antropologia social

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