Paradigmas de interpretação das relações raciais no Brasil
AUTOR(ES)
Motta, Roberto
FONTE
Estudos Afro-Asiáticos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000-12
RESUMO
No estudo das relações raciais no Brasil durante o século XX Distinguem-se três paradigmas. O primeiro, o paradigma da morenidade, está associado a Gilberto Freyre, mas apesar de aparentes desacordos, é compartilhado por Marvin Harris e Carl Degler, cujas formulações , "ambigüidade referencial no cálculo da identidade racial" e "nem branco nem preto" significam em essência o mesmo que moreno. Um segundo paradigma está associado a Florestan Fernandes, que destaca o caráter puramente residual do preconceito de raça e da desigualdade no Brasil. O terceiro paradigma, ligado sobretudo a Carlos Hasenbalg, postula que a discriminação racial persistente é a causa da desigualdade entre brancos e não-brancos no plano da economia, da educação e de outros indicadores. As diferenças entre esses paradigmas, e mesmo entre autores que aderem a paradigmas substancialmente idênticos, derivam em grande medida de modelos diferentes de história e desenvolvimento.
ASSUNTO(S)
relações raciais mestiçagem modelos de desenvolvimento escravidão
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