Parada cardíaca após peridural para cirurgia plástica estética: relato de caso

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Anestesiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-10

RESUMO

Resumo A parada cardíaca durante anestesia neuroaxial é um evento adverso grave, que pode ocasionar sequelas neurológicas importantes e morte se não tratada em tempo hábil. Os mecanismos associados são insuficiência respiratória negligenciada, bloqueio simpático extenso, toxicidade por anestésicos locais, raquianestesia total, além da crescente consciência da predominância vagal como fator predisponente. No caso reportado, a paciente tinha 25 anos e estado físico ASA I e foi programada para lipoplastia estética. Após sedação com midazolam e fentanil, foi feita anestesia peridural nos interespaços T12-L1 e T2-T3 e inserção de cateter na punção inferior. A paciente foi mantida em decúbito dorsal horizontal durante 10 minutos. Em seguida, foi posicionada em decúbito ventral, evoluiu com parada cardíaca em assistolia 20 minutos após o bloqueio do neuroeixo. A equipe médica imediatamente colocou a paciente em decúbito dorsal e iniciou as manobras de ressuscitação cardiorrespiratória. O retorno da circulação espontânea foi obtido após 20 minutos de reanimação. É discutida neste relato a resposta vagal exacerbada como principal mecanismo causal do evento. O sucesso do desfecho da paciente em questão ressalta a importância da vigilância do anestesiologista, e do pronto reconhecimento e tratamento de mudanças de ritmo no eletrocardiograma.

ASSUNTO(S)

parada cardíaca anestesia peridural reanimação após peridural

Documentos Relacionados